Remo: Confirmado doping de Kissya, que trocou Vasco por Urubu antes de Londres

Segunda-feira, 01/10/2012 - 03:02

Desde que foi excluída das Olimpíadas de Londres por doping, Kissya Cataldo vive dias turbulentos de espera. Primeiro, pelo resultado da contraprova, e agora, pelo julgamento que determinará qual será sua suspensão. A segunda análise da amostra de urina da remadora confirmou o uso do hormônio eritropoetina (EPO), o que provocou sua demissão do Flamengo e pode interromper sua carreira por dois anos.

Kissya foi impedida de disputar a final C do single skiff no último dia 4 de agosto, devido a um exame realizado pela Federação Internacional de Remo (Fisa) em 12 de julho, no Brasil, que apresentou resultado analítico adverso para EPO. A substância é usada para aumentar a resistência e reduzir o cansaço, já que sua função no organismo é aumentar a produção de glóbulos vermelhos, responsáveis pela distribuição de oxigênio para as células.

Embora Kissya tenha negado o doping e se mantenha reclusa desde que voltou ao Rio, a análise da contraprova, realizada no Canadá em 14 de agosto, acusou novamente a presença de EPO.

— Ela está suspensa preventivamente e, agora, a Fisa fará um painel (julgamento) para confirmar a pena. Kissya e a advogada avisaram que não têm condições de ir à Suíça fazer a defesa e enviaram a documentação necessária. Eles vão marcar uma data para analisar os papéis e anunciar a decisão — disse um funcionário da Confederação Brasileira de Remo.

Por telefone, Kissya Cataldo disse que está fora do Brasil e que não poderia dar entrevista. A advogada dela, Renata Mansur, não respondeu aos e-mails da reportagem do EXTRA.

Segundo o médico Eduardo de Rose, membro da Agência Mundial Antidoping, o doping por EPO geralmente é intencional.

— Não há como obter o hormônio por suplementos e remédios, apenas por injeções — explica.

O Flamengo afirmou que Kissya foi demitida do clube assim que o resultado da contraprova confirmou o doping. Ela fora contratada em abril, mas atendendo a uma exigência da CBR, ficou à disposição da seleção brasileira, nunca tendo se apresentado à comissão técnica rubro-negra. Por e-mail, a Fisa disse que só se pronunciará quando as audiências do processo terminarem.

Fonte: Extra Online