Torcida organizada do Urubu pode ser suspensa por morte de vascaíno

Segunda-feira, 20/08/2012 - 22:30

A promotoria da Defesa do Consumidor do Ministério Público abriu um inquérito na tarde desta segunda-feira para investigar a responsabilidade da Torcida Jovem do Flamengo no assassinato do torcedor do Vasco Diego Martins Leal, de 30 anos, no domingo, segundo o site Extra. A vítima foi morta a tiros durante uma briga envolvendo os torcedores dos dois times, em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio. A confusão aconteceu antes do jogo. Um rubro-negro se feriu, mas sem gravidade.

Caso o MP entenda que a morte do torcedor vascaíno foi provocada por uma participação coletiva da Torcida Jovem, ela poderá ser suspensa de três meses a três anos dos estádios, com base no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que está em vigor desde junho de 2011. O que pode agravar a situação para a torcida é o fato de os próprios torcedores terem admitido que esses encontros são marcados anteriormente através das redes sociais.

Nesta segunda-feira, o delegado titular da Delegacia de Homicídios (DH), Rivaldo Barbosa, apresentou os dois torcedores do Flamengo, acusados de matar Diego, que era torcedor do Vasco da Gama. Alessandersson Piedade Motta, de 28 anos, e Daniel Monteiro Abreu, de 27 anos, foram reconhecidos por testemunhas. Segundo o delegado, Alessandersson teria disparado os tiros contra Diego Martins Leal, de 29 anos, e Daniel teria dado facadas na vítima. O corpo de Diego foi liberado pelo Instituto Médico-Legal (IML) e sepultamento no Cemitério de Inhaúma, na tarde desta segunda-feira.

Durante a confusão, na tarde de domingo, cerca de 50 torcedores que se envolveram no tumulto foram detidos e levados para a 44ª DP (Inhaúma), onde o caso foi registrado.

A briga ocorreu por volta das 15h, quando rubro-negros - que vinham de ônibus da cidade de Resende, no Sul fluminense, para acompanhar o clássico entre as duas equipes no Engenhão - viram os torcedores adversários num bar, na esquina das ruas Silva Vale e Itaquati. Em seguida, eles desceram do coletivo, e a confusão foi inciada. Policiais do 3º BPM (Méier) foram chamados ao local, e os envolvidos foram detidos. Com eles, foram encontrados fogos de artifício. A arma usada para matar Diego não foi encontrada.

Fonte: O Globo online