Para Fernando Prass, união do grupo fez Vasco superar as adversidades

Sexta-feira, 08/06/2012 - 11:56

Firme, segura e intransponível. Características de uma muralha. Assim é Fernando Prass... E os outros vinte e tantos jogadores do atual elenco vascaíno. Mais do que o goleiro, Muralha da Colina mesmo é o grupo. Afinal, bater de frente com tudo o que esse time já bateu, sem nem ao menos balançar, não é para qualquer um.

Do AVC sofrido por Ricardo Gomes, passando pela dolorosa eliminação na Libertadores até, mais recentemente, a falta de pagamento de salários. Em visita ao LANCE!, Fernando Prass, titular desde 2009, destacou o quanto foi preciso se manter firme para evitar qualquer rachadura. Sabe que a superação vascaína tem chamado atenção de todos.

– Nosso grupo tem bastante jogadores experientes, que já passaram por muita coisa e sabem como lidar com essas situações. É difícil conseguir, como a gente conseguiu aqui, de tomar uma posição com 30 cabeças diferentes pensando e cada um com uma situação diferente. Mas o grupo é muito bom – ressaltou ele.

Prass chegou em uma fase delicada e, em pouco tempo, viu o time brigar por títulos. E pensar que, quando estava negociando, ouviu de um colega que pegaria uma bomba. Por isso valoriza o nível atual.

– Em 2009, o Cadu, que jogou aqui no Vasco e foi meu companheiro em Portugal, disse: ‘Ó vai ser uma bomba, vai ser fogo lá’. É a imagem que o Vasco tinha: desorganizado, sem dinheiro, na Série B. Está vencendo isso tudo. Hoje todos querem vir para cá. Estamos mais fortes em relação aos anos anteriores – disse o goleiro.

O camisa 1 tem a companhia de outros líderes, como Juninho e Felipe. A faixa de capitão sempre fica com um deles. Mas o time ainda tem outros experientes, como Alecsandro, Eduardo Costa e Diego Souza.

– A gente não pode negar que os mais velhos são vistos como exemplos. Temos uma grande responsabilidade no grupo – lembrou Prass.

Prass lembra momentos de provação

Série B

“O Vasco tinha quatro ou cinco jogadores de um ano para o outro, tinha de montar um time inteiro. Eu já conhecia o (Rodrigo) Caetano do Grêmio e ele me ligou, me explicou como era a situação. E eu resolvi aceitar. Graças a Deus que eu vim, né? Deu tudo certo. As coisas caminharam como planejado”

Ricardo Gomes

“Não tinha como medir a reação. Ele tinha aquela coisa de 48 horas, cirurgia, depois mais um tempo para ver como ia reagir. Estava todo mundo em transe ainda. Os primeiros jogos foram meio difíceis de jogar. Todo mundo sem reação. Mas conseguimos fechar bem com o Cristovão, assimilar as ideias dele”

Queda na Libertadores

“Claro que deixou uma cicatriz, a gente sabe o quanto é difícil chegar lá. Pela maneira que foi, Corinthians um dos favoritos... E foram dois jogos iguais. Em São Januário tivemos um gol anulado. Fica a frustração por sabermos que poderíamos estar na semifinal. Tivemos boas chances de vencer”

Salários atrasados

“Já passei por time que fez greve, por time que pagou em dia, isso acaba calejando. Tudo tem uma consequência. Então, por isso que os mais velhos são importantes também. Conversamos e procuramos entender”

Fonte: Lancenet