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Souza, hoje no Bahia, revela gratidão: 'Só tenho a agradecer ao Vasco'


Sábado, 22/10/2011 - 22:51

Souza nunca foi unanimidade. Ou melhor, só entre os botafoguenses. Os alvinegros o detestam — embora ele diga que tem um amigo que só implica: "Por que você fez isso de novo?". No caso, se referia aos dois gols contra o Botafogo, o gesto de chororô, com o adicional do "Parado na Esquina", no empate por 2 a 2 no último dia 8. A provocação foi em São Januário, onde ele teve a primeira oportunidade em um grande time, conquistou seu primeiro título como profissional — o Campeonato Carioca de 2003, com Souza marcando o gol do título. Assumidamente rubro-negro, ele quer desbancar Dedé hoje e confia no apelido intimidador à la "Tropa de Elite".

Provocações:

Os botafoguenses estavam me provocando o jogo todo (no jogo contra o Bahia). Já estou acostumado com isso desde os tempos no Rio. E toda vez que jogo contra eles é assim. E toda vez eu faço gol neles. Fiz pelo Flamengo, pelo Corinthians, pelo Goiás, agora pelo Bahia... Eles já devem estar acostumados também (risos). Tenho um amigo botafoguense que fala: "Pô, toda vez você faz isso (o chororô)?" Mas na rua ninguém mexe comigo, não. Eles também não são malucos, né? (risos).

Gratidão ao Vasco:

Contra o Vasco não tem nada disso de provocação. Só tenho a agradecer ao Vasco, foi onde tive minha primeira chance em time grande, onde comecei tudo. Quando saí do Madureira, fiquei um ano nos juniores. Depois, subi para o profissional, conquistei meu primeiro título, com gol meu contra o Fluminense, com Petkovic e Marcelinho Carioca no time.

Duelo contra Dedé:

Ele é um grande jogador, está em grande fase, chegou à seleção brasileira, mas eu também venho crescendo, jogando bem, fazendo gols. Vai ser um bom duelo.

Gols contra cariocas:

Fiz contra todos (neste Brasileiro), só falta o Vasco. No primeiro jogo, em São Januário, eu dei a bola para o gol do Reinaldo.

Início:

Morava em Bento Ribeiro, pegava ônibus ou kombi para ir treinar, o que passasse primeiro estava bom. Hoje é bom lembrar desses apertos. E foram bons momentos também pelo Madureira.

Leo Lima:

Hoje ele está no Qatar, mas jogamos juntos no Madureira, no Vasco, fomos campeões mundiais sub-17. Ele sempre foi vascaíno e eu, flamenguista. Mas não tive problema lá (em São Januário) por isso.

Bahia:

Estou gostando muito de Salvador, é uma cidade parecida com o Rio de Janeiro. Eu moro em Lauro de Freitas, perto da praia. Esses últimos dias choveu, mas sempre faz sol aqui. Ainda tenho contrato aqui até o fim do ano, mas pertenço ao Corinthians, com quem tenho mais um ano de contrato. Vamos ver o que vai ser melhor para cada um no fim do ano. Hoje, meu pensamento é tirar o Bahia do rebaixamento.

Família:

Estou tranquilo, moro com a minha mulher, tenho três filhos, mas só um mora aqui. Os outros moram com a mãe. São três meninos, Rodrigo, de 11 anos, Luan, de 5, e Lucas, de 4, que é o que mora comigo. Três homens. Assim não dou forra para ninguém, né? (risos)

Jobson:

É uma pessoa muito boa, um coração enorme, muito bom. Mas ele mesmo se prejudica. Todos nós tentamos ajudar, conversamos com ele, mas...

Caveirão:

Claro que gosto do apelido. Como não vou gostar? Quem não tem medo de caveirão? (risos)

Fonte: Extra online