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Daniel Gregg será o coordenador da escolinha de rúgbi do Vasco


Quarta-feira, 13/04/2011 - 13:39

Futura sede, nos Jogos Olímpicos de 2016, do rúgbi de sete, o Vasco vai lançar segundafeira, dia 18, escolinhas gratuitas da modalidade. O primeiro núcleo será em um campo em frente a São Januário, mas a ideia é espalhar o projeto pelo Grande Rio. A coordenação será do experiente Daniel H Gregg, jogador do Niterói Rugby e da seleção brasileira.

Entusiasmado, Gregg espera difundir no Grande Rio e no país essa paixão de 14 anos:

— As escolinhas do Vasco vão desenvolver a modalidade.

O clube está empenhado em difundir o rúgbi entre adolescentes, de modo que em 2016 alguns tenham chances na seleção. Mas o intuito é desenvolver o esporte no estado.

Força feminina em campo

A princípio, haverá núcleos em São Januário, Jacarepaguá, São Gonçalo e Santa Cruz.

— Próximo de 2016, o Vasco já poderá ter times de base. Vamos divulgar o projeto em escolas e, se fizermos todo o planejado, outros grandes podem aderir — prevê Gregg.

Ele terá ao lado na escolinha o atleta Robledo Mesquita. Ambos fazem a iniciação no Niterói Rugby, o que vão conciliar com o Vasco. E Gregg quer competir em 2016:

— Tenho 30 anos e me mantenho em forma. Vou treinar muito para jogar em 2016.

Gregg pratica o rúgbi desde 1997. À época, era lateral em uma escolinha de futebol em Niterói, mas, ao estourar a idade, ficou sem opção. Márcio, o irmão mais velho dele, já jogava rúgbi, o que o animou.

— No clube, no rúgbi de 15, jogo de full back, mais ou menos um zagueiro. Na seleção brasileira de rúgbi de sete, sou aber tura, uma espécie de meio-campo — diz ele, que no último Sul-Americano de Rúgbi de Sete, em Bento Gonçalves (RS), fez história: — O Brasil terminou em terceiro, pela primeira vez. E também pela primeira vez, venceu a Argentina por 7 a 0. Marquei o try (cinco pontos, quando um time invade com a bola a linha de fundo do adversário), e o Lucas fez mais dois pontos, no chute (no meio do gol em forma de H) a que o time tem direito, após fazer o try.

Conforme ele explica, o esporte tem semelhanças com o futebol americano, na realidade “descendente” do rúgbi, um esporte inglês, que, nos EUA, originou o futebol americano. Gregg estreou na seleção brasileira juvenil em 1999. Desde 2000, ele integra as de rúgbi de 15 e de sete:

— No rúgbi de sete, há três reservas, e no de 15, sete reservas. Com os Jogos Pan- Americanos-2011 e as Olimpíadas- 2016, o rúgbi de sete ganhará visibilidade no Brasil. Em maio, a seleção começará a treinar para o Pan.

Curiosamente, não existe no Rio campo da modalidade:

— O Niterói Rugby não tem campo. Treinamos e jogamos no campo de futebol da Universidade Federal Fluminense (UFF), pondo as traves em forma de H. Em São Paulo, há campos em São José dos Campos e no São Paulo Athletic Club, o SPAC.

No Brasil, as mulheres têm melhores resultados que os homens. Tanto que o feminino é heptacampeão sul-americano e top 10 no mundo.

— Antes, era difícil reunir tantas meninas para o rúgbi de 15. Então, no feminino, o Brasil foi um dos primeiros a desenvolver o rúgbi de sete — explica.

Fonte: O Globo