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Helton relembra o tempo em que atuava pelo Vasco


Terça-feira, 13/07/2010 - 12:38

Helton falou nesta terça-feira aos jornalistas, no decorrer do estágio do F.C. Porto em Marienfeld. O guarda-redes que é nesta altura um dos mais antigos do plantel (vai para a sexta época) contou o que procura transmitir aos mais novos, fala da luta pela baliza e também da Jabulani, a nova bola da Liga.

Primeiro, a luta pelo título. «Desde que cheguei aqui todos os anos é sempre a mesma ideia. Entrar para ser campeão. É um clube que já fez história e em todos os campeonatos em que entra tem o objectivo maior», assume o guardião.

Helton evita de resto comparações entre esta equipa e as anteriores. «Comparações não são boas. É como na vida, cada um tem a sua maneira de pensar. Acredito sempre que haja um empenho maior, porque de alguma forma nós aprendemos e mantemos tudo o que já fizemos», afirma, deixando no entanto elogios ao grupo, neste novo ciclo, com novo treinador: «Tem sido muito legal, porque o grupo é muito bom, um grupo respeitador e empenhado. Sabemos que todo o início de temporada é assim, todos queremos mostrar trabalho, quando se tratar de treinador novo o discurso não é diferente, mas acredito que isso se mantenha.»

No final da época passada Helton lesionou-se e foi Beto quem acabou a época. Agora chegou ainda Kieszek. E começa tudo de novo, defende o brasileiro: «Eu comecei a jogar futebol mesmo a sério há 17 anos, no Vasco da Gama. Sempre procurei respeitar todos os que já lá estavam. Nós sabemos que no futebol partimos todos em igualdade. É trabalhar e quem vai lucrar com isso é o F.C. Porto. Todos vão querer mostrar trabalho e querer fazer o melhor com o F.C. Porto.»

«Jabulani? Ninguém ajuda os guarda-redes»

Quanto ao que a sua experiência pode representar para os mais novos, Helton dá o seu próprio exemplo: «Tive oportunidade de aprender bastante aqui, com o Jorge Costa, o Pedro Emanuel¿ E tive uma pessoa que foi fundamental para mim, que foi o Vítor Baía. A receptividade foi muito boa e ensinou-me muito. Dentro disso, posso dizer que aprendi a gostar do FC Porto, não só como jogador profissional, mas também aprendi a ter carinho pelo clube. E é isso que procuro transmitir aos novos. Seriedade e empenho, porque as coisas acontecem. A vantagem que temos no F.C. Porto é de trabalhar como uma família. Acho que esta é que é a grande resposta.»

A conversa passou ainda pela nova bola da Liga, a mesma que foi usada no Mundial. Helton sorri e torce o nariz. «Não é fácil. Eu sou suspeito de falar, mas os próprios jogadores têm comentado que às vezes ela vai um bocadinho torta, para o próprio domínio, o passe. Mas é questão de adaptação. Todo o ano muda, a gente tem que tentar adaptar-se o mais rapidamente possível.»

«Uma vez já cheguei a comentar: Ninguém ajuda os guarda-redes, coitados. Mas já me responderam: a alegria do futebol são os golos. Então, não tem jeito», remata.

Fonte: TVI24