Maxi López e Arrascaeta disputam clássico em busca de recuperação
Sábado, 09/03/2019 - 12:17
O sotaque castelhano atrapalha a pronúncia perfeita, mas a palavra soa com clareza aos ouvidos: pressão.

De Arrascaeta e Maxi López iniciaram 2019 com o carimbo da esperança de Flamengo e Vasco, respectivamente. Dois meses depois, porém, estão longe do protagonismo esperado e disputam os holofotes neste sábado, às 19h (de Brasília), no clássico válido pela terceira rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca.

Pelo investimento e pelo que ainda não fez vestindo vermelho e preto, Arrascaeta vive situação mais delicada. Jogará com maior liberdade e terá a chance de encantar um torcedor que se apega a lampejos nas sete partidas em que esteve em campo.

Já com Maxi López, a cobrança acontece de outra forma, diante do seu desempenho em 2018, que agora não consegue repetir. Com apenas um gol este ano, marcado em cobrança de pênalti, tem sido coadjuvante no invicto campeão da Taça Guanabara.

Rendimento discreto e similar, por sinal, de uruguaio e argentino. Ambos foram titulares cinco vezes na temporada, marcaram um gol e são separados por poucos minutos em campo: 427 a 421 a favor de Maxi.

Pela frente, terão 90 minutos para mudar o rumo de um 2019 ainda marcado pela interrogação.



Um clássico para chamar de seu, Arrasca?

Um jogo do peso que Giorgia De Arrascaeta precisa para cair nas graças da torcida do Flamengo ou elevar de vez os decibéis de cobranças por ser a maior contratação da história do clube. O camisa 14 terá a chance de fazer uso do clichê na noite de sábado no Maracanã e transformar o jogo em um divisor de águas.

Único titular mantido após a vitória por 1 a 0 sobre o San Jose, na estreia do time na Libertadores, na altitude de Oruro (foi substituído no intervalo), o uruguaio terá, enfim, a chance de jogar centralizado na armação e ser o maestro. Esperança de demonstrar o futebol que só foi visto em lampejos até agora.

Escalado muitas vezes aberto pela direita, Arrascaeta tem a seu favor a desculpa de não estar acostumado a jogar pelo setor. A realidade, porém, é que o rendimento em dois meses de clube está aquém das expectativas. Diante do maior rival, a chance de redenção. Inclusive, da falha no clássico com o Fluminense, que resultou na eliminação na Taça Guanabara.

Não vai ter pena, Máxi?

Maxi começou o ano na mais alta conta com a torcida. Além das boas atuações em 2018, passou a mostrar perfil de liderança no grupo e maior interatividade nas redes sociais. Em uma postagem em seu perfil oficial, provocou um torcedor do Flamengo ao reproduzir um meme e afirmar que não teria pena no clássico - neste sábado, será a chance de cumprir sua promessa.

A questão é que as atuações, até agora, não convenceram. São seis jogos e apenas um gol - marcado de pênalti, contra o Juazeirense, pela Copa do Brasil. Sua forma física foi alvo de questionamentos por parte da torcida.

Além disso, Maxi está no meio de uma complexa renovação de contrato. Sua pedida inicial extrapolou o limite financeiro do Vasco, e as conversas continuam. Ambos têm o desejo da permanência do atacante, mas ainda não chegaram a um acordo. O argentino já está com 34 anos de idade, e seu atual vínculo se encerra em dezembro.



Fonte: GloboEsporte.com