Aplicação da defesa do Vasco foi o diferencial para a equipe vencer o Fluminense por 1 a 0
Domingo, 03/02/2019 - 12:08
- Eles só se defenderam, a gente só atacou. A gente foi superior o jogo todo!

Este foi o desabafo de Luciano, atacante do Fluminense, após a vitória do Vasco por 1 a 0 no clássico em Brasília. E explica muito do que aconteceu no jogo - embora não traduza fielmente o que houve.

Porque o Vasco foi pragmático ao extremo. Fez o necessário para vencer o jogo, manter os 100% de aproveitamento e se classificar em primeiro lugar no Grupo A da Taça Guanabara. Nada além disso.

Não houve futebol bonito. Houve, sim, uma equipe extremamente consciente e aplicada na defesa, que seguiu à risca a estratégia elaborada por Alberto Valentim para superar um rival que, antes de entrar em campo, já avisa que vai tentar ficar com a bola ao máximo. Não foi o Fluminense que empurrou o Vasco para a defesa, e sim um recuo consciente - talvez excessivo - do Cruz-Maltino.

A estratégia de Valentim


Esperava-se que o antídoto de Valentim para o Fluminense fosse uma marcação por pressão alta, para aproveitar o gramado ruim e eventuais erros tricolores. Mas ele fez o contrário: deixou o Vasco marcando do meio-campo para trás, esperando - em vez de forçando - as falhas do rival.

Para chegar ao gol, bolas esticadas e muita velocidade com Marrony, Ribamar e Pikachu. Foi numa jogada tramada por Marrony que Cáceres cruzou, a bola bateu numa mão tricolor, e o árbitro marcou o pênalti que deu a vitória.

A partir daí, o Vasco recuou ainda mais. Teve pouquíssimo problema para neutralizar o ataque do Fluminense - em mais uma grande atuação da dupla Werley e Castan. Poderia, inclusive, ampliar o placar, não fosse a noite ruim de Thiago Galhardo e os seguidos erros na hora do passe decisivo.

Cabia mais

A lição que fica do clássico? O Vasco assumiu um risco controlado e se deu bem. Criou uma armadilha para o Fluminense e viu o rival cair. Poderia ter matado o jogo antes, mas não aproveitou sua própria armadilha.

Foi o primeiro jogo contra um time grande em 2019. E a cara do Vasco foi bem diferente: um time mais reativo, mais compacto e aguerrido. Se mantiver essa capacidade de alternar formas de jogo, será uma qualidade ao longo do ano.

De qualquer forma, Valentim precisará o quanto antes de Bruno César e Maxi López em boa forma: a produção ofensiva ainda está abaixo do que o elenco pode oferecer. A ver na reta final da Taça Guanabara.



Fonte: GloboEsporte.com