Confraria Vascaína divulga nota sobre votação de prestação de contas de Eurico em reunião do CD
Domingo, 11/11/2018 - 07:02
Confraria Vascaína

NOTA OFICIAL

O Conselho Deliberativo do Club de Regatas Vasco da Gama reuniu-se, na noite do dia 8 de novembro, com o objetivo de votar o balanço do ano de 2017. Ainda que o balanço oficial do clube tenha sido apresentado pela atual diretoria administrativa, em abril de 2018, uma nova prestação de contas foi apresentada pelo ex-presidente Eurico Miranda, com o objetivo de, supostamente, substituir o documento anterior. Esta sobreposição de documentos dá o tom dos absurdos institucionais que se tornaram rotina no clube. Mais uma vez, a previsibilidade que marca a política vascaína ao longo das últimas décadas ficou patente: interesses individuais e politiqueiros tiveram precedência sobre aqueles do clube que os conselheiros representam.

Ainda que o balanço apresente dados inadmissíveis para um clube que sonha com uma necessária e urgente recuperação financeira, a maioria dos conselheiros optou por aprovar o documento. Cento e doze conselheiros do clube não se importaram com o risco flagrante de descumprimento ao art. 4º, VI do PROFUT, em que pese devidamente alertados. Além da péssima mensagem ao mercado, o Vasco corre seríssimos risco de ser apenado pela APFUT, algo que joga contra a necessidade de recuperação da credibilidade do clube.

Nos bastidores da sessão, estiveram juntos os atores que protagonizam o cenário catastrófico da vida política e financeira do clube, o pior de uma história que já contabiliza 120 anos. As contas de Eurico Miranda, objeto fundamental do debate, representam todo o atraso ao qual o Vasco foi submetido ao longo de seus mais de dez anos de presidência.

Votando pela aprovação das contas do ex-presidente, estava o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, um dos artífices do golpe de janeiro, que desrespeitou, de forma inédita, a vontade dos sócios, e um dos responsáveis pela permanência do estado de tensão e instabilidade constante do clube. A ele e ao seu grupo não incomodaram as inconsistências gritantes das contas referentes ao ano de 2017.

E, por fim, a triste figura de Alexandre Campello, presidente da diretoria administrativa, que, convenientemente, se absteve da votação acerca de um dos temas mais importantes do ano. Seu silêncio somente pode ser lido como um ato de conivência e covardia, que compra o apoio de Eurico Miranda e seus correligionários, sacrificando os interesses e a lisura do clube pelo qual ele responde como presidente.

Diante do cenário encontrado na última sessão do Conselho Deliberativo, a Confraria se mostra convencida de que apenas uma ruptura total e completa trará ao Vasco a possibilidade de uma reabilitação financeira, moral e esportiva. Os atores tradicionais já se esqueceram, há muito, o que é respeitar e cuidar do clube que representam. Esperamos que, do Vasco que conhecemos hoje, fiquem a histórica, as glórias, o patrimônio e sua torcida. Sem uma mudança completa de seus atores principais, o Vasco encenará, para sempre, uma triste peça em um deserto árido e moribundo.

Fonte: Facebook Confraria Vascaína