Milton Mendes procura melhor formação com pontas que ataquem e ajudem na marcação
Sábado, 24/06/2017 - 09:16
A campanha do Vasco no Campeonato Brasileiro até aqui é marcada por oscilações. Para o técnico Milton Mendes, a chave para conseguir o equilíbrio necessário está nos lados do campo: na busca pela formação ideal, o treinador procura dois pontas que possam tanto ajudar na marcação quanto conferir o poder ofensivo necessário ao time.

Isso explica, em parte, as muitas mudanças de Milton no Brasileirão. O treinador usou 28 jogadores no campeonato até aqui. As principais variações na escalação são justamente nas pontas: seis atletas foram utilizados na função.

- Os dois homens de lado, para mim, são fundamentais. Talvez ali seja o lugar que eu mudo mais. Estou à procura de peças que me deem resposta de compactação e saída rápida. Se eu conseguir equilibrar ali (nas pontas), equilibro o resto da equipe – analisou Milton.

O mais utilizado na função foi Yago Pikachu, pela direita. É dele também a maior consistência, pelos números: em seis partidas, fez dois gols e deu uma assistência. Kelvin e Mateus Vital vêm em seguida, com quatro jogos – o prata da casa conseguiu duas assistências. A lista ainda tem Nenê, Manga Escobar e Alan Cardoso.

Há ainda outras opções que não foram testadas por Milton Mendes no Brasileiro na equipe titular: Guilherme, talvez o mais pedido pela torcida, Wagner, Caio Monteiro, Paulo Vitor, Escudero, Evander, Muriqui...

Depois de muito experimentar, Milton resolveu insistir. O jogo contra o Atlético-GO, no domingo, será o terceiro seguido com Yago Pikachu e Nenê. Confira o retrospecto de cada um dos utilizados pelo treinador na função, com números referentes às atuações dos jogadores como pontas:

Yago Pikachu

6 jogos, 2 gols, 1 assistência

É o mais utilizado por Milton na direita. Desde a chegada do treinador, virou a opção de velocidade do ataque. Apesar de ainda não ser indiscutível, tem boa presença na área e também contribui na defesa, fruto de sua formação como lateral.

Nenê

2 jogos, 1 assistência

Desde que voltou ao time titular, precisou se adaptar à nova função, aberto pela esquerda. Ainda tem dificuldades para recompor na marcação, mas tem se esforçado. Contra o Botafogo, por exemplo, chegou a parecer um lateral de tanto que recuou. Insistiu bastante nos cruzamentos, embora sem sucesso.

- Ele tenta fazer o máximo, mas a gente sabe que ele é um jogador do meio para a frente. A gente entenda e tenta se adaptar a isso. Eu converso com o Jean por aquele lado, mas o Nenê também ajuda bastante - analisou o lateral Henrique, após o clássico com o Botafogo.

Mateus Vital

4 jogos

Recentemente, passou a atuar centralizado, mas também foi testado na ponta por Milton. É jovem, ainda oscila, mas tem agradado ao treinador pela participação. Deu duas assistências, mas ambas atuando centralizado.

Manga Escobar

4 jogos, 1 gol, 1 assistência

Sua melhor atuação foi quando entrou no segundo tempo e decidiu o clássico contra o Fluminense com um gol e uma assistência. Como titular pelas pontas, mostrou poder ofensivo, mas também peca na recomposição. Atualmente, está lesionado.

Kelvin

4 jogos

Foi a primeira opção de Milton na esquerda, mas teve a temporada interrompida por uma grave lesão no joelho. Enquanto esteve em campo, mostrou equilíbrio entre defesa e ataque, mas pouco produziu.

Alan Cardoso

1 jogo

O jovem lateral foi improvisado na ponta esquerda contra a Chapecoense, mas substituído com 26 minutos – Milton Mendes temeu a expulsão do jogador, que havia recebido cartão amarelo. Depois disso, voltou ao sub-20.



Fonte: GloboEsporte.com