Vasco dividirá com o Macaé as despesas do jogo de domingo no Engenhão

Sexta-feira, 10/03/2017 - 16:34
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Sem a liberação do Estádio Cláudio Moacyr de Azevedo, que precisa de obras estruturais para obter laudos e poder voltar a receber jogos oficiais, o Macaé enfrentará o Vasco no Engenhão, neste domingo, apesar de ter o mando de campo, em partida válida pela rodada de abertura da Taça Rio. A escolha aconteceu devido à falta opções de local para a realização do jogo e pela promessa de apoio do clube cruzmaltino para divisão das despesas.

Prsidente do Macaé, Teodomiro Bittencourt, o Mirinho, admite ter cogitado levar o jogo para Volta Redonda, mas mudou de ideia devido à baixa média histórica de público no Estádio da Cidadania e por uma promessa do presidente Eurico Miranda, entusiasmado com a possibilidade de estreia do atacante Luís Fabiano.

— O Eurico gosta muito de mim e prometeu dividir as despesas da partida conosco, o que é um alento, já que não podemos jogar em nosso estádio. Por isto, quero agradecê-lo, até porque lá, tudo é muito caro. Estamos esperando e torcendo por um bom público, pelo menos 15 mil pessoas. Assim, não teríamos prejuízo — afirma.

DESAFIOS EM SÉRIE

A última partida do Macaé em casa aconteceu no dia 18 de setembro do ano passado, empate em 1 a 1 com o Botafogo-SP, pela Série C do Campeonato Brasileiro. Sem poder atuar em seus domínios, o Macaé não sabe o que é vencer no Campeonato Estadual. Em cinco partidas, sequer pontuou: perdeu todos os jogos e terminou a Taça Guanabara na última posição e é apontado como candidato ao rebaixamento para a Série B.

O impedimento para a liberação do Cláudio Moacyr de Azevedo é a corrosão na cobertura das arquibancadas, fruto da maresia, já que o estádio, reinaugurado em 2010 fica próximo ao mar. No entanto, há também sinais de corrosão na estrutura que sustenta o alambrado de policarbonato, e problemas elétricos: é preciso substituir pelo menos oito refletores. De acordo com Mirinho, os problemas seriam resolvidos com um investimento de aproximadamente R$ 60 mil. Como o estádio é municipal, os recursos teriam que ser providenciados pela prefeitura.

— A prefeitura de Macaé prometeu entregar o estádio liberado para a disputa do Campeonato Carioca mas, até agora, nada foi feito. Nós até treinamos lá, mas não poder atuar em casa gera um grande prejuízo técnico e financeiro. E a cidade perde, porque poderia receber aqui jogos de clubes grandes, eles não precisariam ir para Volta Redonda, por exemplo. Se nossa partida contra o Vasco fosse aqui, teríamos casa cheia. Esse descaso parece coisa de quem quer nos boicotar, tem inveja e não quer ver o Macaé crescer — afirma Mirinho, sem citar nomes.

PREFEITURA RESPONDE

Secretário municipal de Esportes de Macaé, pasta responsável pela administração do estádio, Thales Coutinho lembra que o município sofre com queda de arrecadação, provenientes da crise da produção de petróleo, principal vocação econômica da região, e do momento econômico do país. No entanto, destacou que o projeto já tem dotação orçamentária e foi encaminhado para a Procuradoria de Licitações.

—Não temos como nos comprometer com prazos agora, mas tudo está seguindo o devido caminho legal. O município precisou segurar despesas para cuidar dos serviços essenciais e para pagar a folha do funcionalismo. A procuradoria está analisando o projeto, para aprovar a licitação — afirma.




Fonte: Blog Deu Zebra - O Globo Online