Com reforços e saída de 4 veteranos, Vasco reduz média de idade, mas base do time é com jogadores acima dos 30

Quarta-feira, 18/01/2017 - 10:45
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Eurico Miranda prometeu quatro reforços para 2017. Depois de Escudero (29 anos) e Muriqui (30), o presidente acendeu ontem, em São Januário, seu charuto mais uma vez para apresentar o meia Wagner (31), que terá contrato de dois anos. O mandatário encheu o peito para falar que está perto de cumprir a promessa. Tudo indica que o novo reforço do Vasco é o atacante Luís Fabiano, que está na China para rescindir o contrato com o Tianjin Quanjian.

— Não queria dizer isso, mas vou dizer... Se ele (Luís Fabiano) voltar, ele volta para o Vasco — disse Eurico, durante a apresentação de Wagner ontem.

Caso o Vasco feche com Luís Fabiano, de 36 anos, a diretoria conseguirá cumprir, de certa forma, com outra promessa feita também em dezembro passado. Vice-presidente de futebol do clube, Euriquinho disse que a meta era diminuir a média de idade do elenco. Levando em conta apenas os jogadores que deixaram o clube — Jorge Henrique (34), Júlio César (34), Diguinho (33) e Leandrão (33) —e o quarteto prometido pela diretoria, o Vasco baixa a média de idade em dois anos: de 33,5 para 31,5.

Apesar da redução na faixa etária nessas negociações, o elenco ainda está em cima de pilares com idades avançadas, como o zagueiro Rodrigo (36), o meia Nenê (35) e o goleiro Martín Silva (33). A grande quantidade de jogadores acima dos 30 anos foi a principal crítica feita à equipe no ano passado. Após um primeiro semestre muito bom, com o título de bicampeão carioca e a liderança folgada da Série B, o time teve queda acentuada de rendimento na segunda metade do ano, pondo em risco a volta à Série A, só concretizada na última rodada.

Para a diretoria, o quarteto prometido para 2017 será o suficiente para levar o time a todas às finais e “disputar nas cabeças”, conforme definiu Eurico. Ao lado do mandatário, Wagner explicou a sua escolha por São Januário na volta ao futebol carioca — ele jogou no Flu de 2012 a 2015.

— Tenho vários motivos. O Vasco é um clube muito grande, tem uma torcida apaixonada. Meus filhos foram educados aqui, minha mulher gosta da cidade... Tem o Cristóvão Borges, que é um cara com quem já trabalhei e admiro muito. Foi a melhor decisão que eu poderia tomar — disse Wagner

Sem jogar desde junho do ano passado, Wagner demonstrou frustração com o futebol chinês. O jogador afirmou que as duas temporadas que passou no oriente serviram como aprendizado, mas disse que os chineses “não estão preocupados em montar um time campeão, eles pensam apenas em ganhar dinheiro". E que, a cada janela de transferência de temporada, times são desfeitos e montados com o intuito principal de gerar lucros.

Para não perder a forma física nesse tempo que ficou parado, Wagner conversou com profissionais que conhece no futebol para montar uma programação de treino. O meia disse que foi um momento difícil e “triste” de sua carreira, mas usou a experiência para lidar com a fase delicada, pois sabia que seria passageira. VASCO X CORINTHIANS, HOJE Tanto tempo longe das partidas deixou Wagner com “fome de bola”. Antes mesmo de ser apresentado em São Januário, o meia entrou em contato com Cristóvão Borges para adiantar as conversas entre jogador e técnico.

— Conversei com ele (Cristóvão) até mesmo antes de vir. Quando ele me convidou e disse que me queria aqui, não pensei duas vezes. É um treinador em ascensão, com o mesmo pensamento que eu tenho. Gosta de vencer, joga para frente, arruma uma equipe agressiva. Isso me agrada muito — disse Wagner, completando. — Já joguei com o Cristóvão de ponta, meia, centroavante... Só não joguei de zagueiro e goleiro. Estando entre os 11 titulares, não importa a posição. Quero jogar.

O Vasco enfrenta o Corinthians, hoje, às 22h, pela semifinal do Florida Cup, com transmissão do Sportv.




Fonte: O Globo