Madson fala sobre seu 100º jogo pelo Vasco, título, Yago Pikachu, Urubu e relação com Eurico

Quinta-feira, 29/09/2016 - 09:30
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Madson ainda era um jovem, com seus 19 anos, quando foi alugar um apartamento em Salvador. Na conversa com o corretor, soube que teria que dar um cheque-caução para assegurar o imóvel. Entendeu errado: apareceu com um calção do Bahia, onde atuava, para entregar ao interlocutor. A história ficou famosa – até hoje o lateral convive com as brincadeiras de quem conhece suas peripécias.

Mas, desde que chegou ao Vasco, em janeiro de 2015, o lateral garante que não tem causos como esse. Está mais experiente. Pudera: sábado, contra o Náutico, no Recife, poderá fazer seu centésimo jogo com a camisa cruz-maltina. Depois de longo tempo como titular incontestável na lateral direita, perdeu a vaga para Yago Pikachu, que está suspenso do próximo compromisso.

- Aqui eu cheguei mais experiente, procuro ficar caladinho, evitar para não quebrar muito (risos). Até hoje me zoam muito, mas faz parte. Aqui no Vasco não tive história engraçada ainda, não – contou o bem-humorado Madson, em conversa com o GloboEsporte.com.

Não colecionar mais causos não significa que Madson não tenha boas histórias nestes 99 jogos de Vasco. Da promessa de subir ao Cristo Redentor em caso de conquista do Carioca de 2015 até a ferida aberta do rebaixamento, passando pelos clássicos com o Flamengo e a busca pelo primeiro gol com a camisa cruz-maltina, o lateral tem muita coisa para contar.

Confira:

Cem jogos pelo Vasco

Tenho esse privilégio. Está sendo uma emoção muito grande para mim, realizar esse feito nesse grande clube. Desde que cheguei tive muitas felicidades, algumas tristezas. Procuro me doar ao máximo, honrar a camisa. Espero que não possa parar por aqui, que eu possa fazer o jogo 100, 200, 300. É um clube pelo qual quero marcar história.

Jogo preferido: contra o Flamengo

Na primeira semifinal contra o Flamengo (no Campeonato Carioca de 2015). Foi 0 a 0, mas, individualmente falando, fiz uma excelente partida. Os jogos contra o Flamengo são os que eu tenho como mais especiais, porque é o clássico do Rio de Janeiro. Envolve muitas coisas, a atmosfera é muito diferente. Também pelo fato da invencibilidade que a gente está tendo. Sempre que tem Vasco x Flamengo o cenário muda, é outra coisa. Sabemos o quanto é importante para a torcida, então procuramos dar o máximo.

Maior felicidade

O título de 2015 foi muito especial para mim, porque foi o ano que cheguei. A equipe estava um longo tempo sem vencer o Carioca. Fiz a promessa de ir ao Cristo caso conquistasse o título.

Tristeza do rebaixamento

É a ferida aberta que fica ainda. Não era o que planejávamos, até pelo início do ano, o título... Infelizmente, aconteceu. Já estamos dando a volta por cima nesse ano, fazendo boa campanha na Série B. Nossa obrigação é deixar o Vasco na Série A em 2017.

Primeiro gol

Não ter feito esse gol é uma das coisas que incomodam um pouco. Uma hora vai sair. Estou me colocando à disposição para criar situações, isso é o mais importante. É um pouco de tudo, de falta de sorte. Quem me conhece sabe que me dedico muito nos treinos. Infelizmente, por um detalhe ou outro a bola não está entrando. Mas tenho persistência e vou continuar trabalhando. Daqui para o final da Série B o gol vai sair, sim. O Jorginho sempre me apoia, sabe que busco esse gol. Todo mundo cobra esse gol, brinca, fica chateado porque esse gol não saiu.

Barrado por Pikachu

Lógico que jogador gosta de jogar. Fiquei um pouco chateado, mas procurei entender o que o professor Jorginho me passou. O Pikachu é uma excelente passou, é um cara na dele, trabalha. A gente tem uma relação muito boa, profissional. Estou procurando meu espaço novamente no dia-a-dia.

Relação com Eurico

Quando não tinha contato com ele, tinha aquela imagem de ele ser uma pessoa um pouco fechada. Mas não. Quando cheguei aqui, foi totalmente diferente. Quem conhece ele no dia-a-dia sabe a pessoa que ele é. Coração muito bom. Primeiro contato foi muito bom, me tratou super bem. Ele é um pouco na dele, não tem muito contato no dia-a-dia com os jogadores, mas sempre nos incentiva.

Fonte: GloboEsporte.com