Gêmeas do nado sincronizado falam sobre semelhanças, diferenças, viagens e amor ao Vasco

Domingo, 05/06/2016 - 15:29
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É quase impossível falar de redes sociais sem pensar em Bia e Branca Feres. Seja nas piscinas ou fora d'água, as gêmeas do nado sincronizado estão sempre na moda e postando algo na web. Mas, antes que as pessoas confundam as coisas e as critiquem por isso, elas se apressam em afirmar que resguardam suas vidas pessoais, inclusive, nem pensam em posar nuas, apesar de muitas propostas, e o único intuito com as publicações na internet é divulgar o trabalho com os patrocinadores, além de promover a modalidade que praticam há exatos 21 anos (desde os sete anos. Elas têm 28 atualmente). Convidadas do GloboEsporte.com para participar da série especial Selfie Olímpico, faltando exatos dois meses para a Olimpíada, as atletas da seleção brasileira falaram de tudo um pouco e não deixaram pergunta sem resposta. Um dos principais assuntos, por exemplo, foi os prós e contras de serem gêmeas.

- Todo mundo pergunta se namorado confunde: confunde sim! Eu já tomei beijo na nuca, tapinha no bumbum. Mas tranquilo, início de namoro faz parte. Agora ninguém confunde mais pelo menos (risos) - afirmou Bia, arrancando um sinal de positivo da irmã Branca, sincronizadas até fora das piscinas.

Bia e Branca Feres garantem que há muito mais vantagens que desvantagens em serem gêmeas.

- O lado bom de ser gêmeo com certeza é muito melhor que o lado ruim. Eu nasci colada com minha melhor amiga. E isso é maravilhoso - falou Branca.

- Agora, o lado ruim é que ganhamos defeitos e qualidades de uma que não são assim. A Bia e Branca são bagunceiras, são agitadas, só que assim, a Branca é quietinha, sou mais bagunceira. Acaba que as pessoas tratam a gente como uma coisa só - reclamou Bia.

Se uma é um furacão, a outra é a ansiedade em pessoa. Enquanto Branca tem inveja da sagacidade da irmã, Bia daria tudo para ter a tranquilidade e a calma da "B2" (elas deram a si mesmas os apelidos de "B1" e "B2" e cada uma tem um número, 1 ou 2, em algarismos romanos, tatuados nos pulsos) nos momentos de tensão. As gêmeas podem ser idênticas em termos de aparência (ou ter diferenças quase que imperceptíveis para outras pessoas), mas são muito diferentes no temperamento. Pelo menos é assim que as gêmeas do nado sincronizado se apresentam.

Elas não se desgrudam, apesar de agora estarem morando separadas (mas muito perto uma da outra), são melhores amigas, mas garantem que não são uma só. Pensam e agem diferente. Bia, por exemplo, até gosta de cozinhar (se não precisar fazer isso todos os dias). Branca, por sua vez, é quase uma chef. Ela ama se arriscar na cozinha. E a irmã garante: "B2" é excelente nesse quesito.

Questionadas sobre seus ídolos no esporte, Bia lembra de Gemma Mengual, da Espanha, como referência dentro d'água. Branca aponta as brasileiras também gêmeas Carolina e Isabela, que trocaram a modalidade pelo circo, como seu espelho na modalidade.

Se a viagem marcante de Bia foi para o Japão (país onde, inclusive, ela admite que moraria e será palco da próxima edição da Olimpíada, que acontecerá em 2020 em Tóquio), o destino preferido de Branca é a Tailândia, para onde voou recentemente.

Mas muitas outras coisas além do sobrenome Moreira Feres e da aparência unem as simpáticas gêmeas. O amor pelo Vasco, o vício pelas séries de TV ("Prison Break", "The 100" e "Lie to Me", que estão vendo juntas), a pior viagem que já fizeram (para Moscou, na Rússia, onde disputaram seu primeiro Mundial júnior) e até o atleta a ser tietado na Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos do Rio 2016. Trata-se do multicampeão do atletismo, Usain Bolt, da Jamaica, recordista dos 100m.

- Se tem um atleta que vamos tietar mesmo na vila, sair correndo atrás, é o Bolt - afirmou Bia.

- Com certeza, quero muito vê-lo - sacramentou Branca.

Apesar de não pensarem ainda em aposentadoria e afirmarem que são como tartarugas, que "ficam 200 anos dentro d'água", as duas projetam o que poderão fazer quando enfim deixarem o nado sincronizado. As gêmeas ventilam duas opções: ir para o circo, onde trabalhariam de forma diferente com sua modalidade, como artistas, ou voltar para a televisão, que dizeram amar e já tiveram boas experiências, como por exemplo uma participação no programa "Video Show", da TV Globo, onde foram repórteres.

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Fonte: GloboEsporte.com