Emprestado ao Boavista, Guilherme Costa revela vontade de retornar ao Vasco

Quarta-feira, 16/03/2016 - 23:19
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A base é realmente um poço de ouro para os clubes. Na atual temporada, muitos estão aproveitando os atletas que se destacaram ou se destacam nas categorias inferiores a do profissional. Um desses times é o Vasco, que vive uma fase de reestruturação. O Cruz-Maltino manteve boa parte da equipe titular do final do ano passado e conta com o apoio dos jovens. Porém, nem todas as joias de São Januário estão sendo aproveitadas no próprio elenco.

O meia Guilherme Costa sempre chamou atenção no clube vascaíno. Visto como a principal joia da Colina, o atleta chegou até a passar pelas categorias de base da seleção brasileira. Já no profissional do Vasco, acabou não tendo oportunidade. O Cruz-Maltino o emprestou para o Bragantino, em 2015, e, atualmente para o Boavista, que vai muito bem no Campeonato Carioca. O time de Saquarema passou para a segunda fase do Estadual na segunda posição do Grupo A, o mesmo dos vascaínos, com apenas uma derrota.

Em contato com a equipe de reportagem do Esporte Interativo, Guilherme contou o que o Boavista vem fazendo para ter êxito na competição. Além disso, a pauta que não podia faltar: o Vasco, clube que o meia tem contrato até março de 2018 e é o próximo adversário. O atleta, que vem sendo destaque do time de Bacaxá com dois gols e duas assistências no torneio, demonstrou vontade de voltar ao clube de São Januário, falou sobre o aproveitamento da base, o jogador que se inspira e preocupação para sábado (19). Se já não bastasse todos esses assuntos, o técnico Jorginho também foi tema e não faltou elogios.

Queria que você comentasse a grande campanha do Boavista. A equipe pode sonhar com as primeiras posições na segunda fase do Campeonato Carioca?

GC: A gente fez um trabalho muito bom de pré-temporada e eu acho que isso é fundamental para fazermos um bom campeonato. Acho que é um passo de cada vez. A primeira fase foi conquistada, a gente alcançou o objetivo e temos todas as condições de chegar nas semifinais se mantivermos o foco.

Diferença de jogar em um time grande e um time pequeno:

GC: Nitidamente a cobrança é menor. E como os times grandes tem muitos jogadores de nome, de qualidade, eles apostam menos nos jogadores da base que são novos. Eu como vim da base, tive pouca chance no profissional do Vasco e aqui foi diferente. Aqui eu já cheguei tendo a oportunidade de jogar no time titular e consegui me manter.

Concorda com o aproveitamento dos jogadores da base no Vasco?

GC: Sem dúvidas. Com essa crise que o país está passando, acho que vai ser cada vez mais difícil os times contratarem e a solução é pegar os meninos da base que, aí sim, além de ter bons jogadores, podem gerar lucro para o clube na frente. Acho que é bem válido essa aposta nos meninos.

Guarda mágoa por não ter tido chance no profissional do Vasco?

GC: Nem um pouco. Na verdade, fiquei satisfeito pela proposta que eles me deram de jogar pelo Boavista para caso eu fizesse um bom trabalho no campeonato, eles poderiam me levar de volta no segundo semestre. E é isso que eu estou procurando fazer. Fazer um bom campeonato aqui para ver se volto para lá no segundo semestre. O meu objetivo é fazer um bom campeonato aqui (Boavista) e voltar para o Vasco.

O que o Boavista pode fazer para parar o Vasco?

GC: Acho que vai ser um jogo bem difícil contra o Vasco. Acho que nós temos que fazer a proposta que a gente fez contra o Flamengo e contra o Botafogo no primeiro turno, que foi jogar fechadinho, esperando a brecha para os contra-ataques. Acho que se a gente errar pouco, a gente consegue sair com a vitória.

O Boavista precisa se preocupar com algum jogador do Vasco em especial?

GC: Tem o Nenê. Além de ser o meu ídolo, ele está fazendo a diferença no Campeonato Carioca. Ele é o craque que, não só contra a gente, mas todos os clubes que jogam contra o Vasco, se preocupam bastante.

Tem algum jogador que está no Vasco e te inspira?

GC: Eu gosto bastante do Nenê. O Rodrigo, zagueiro, também. Mas, além desses dois, um menino que eu joguei junto na base, fui crescendo junto, que eu me inspiro bastante, não é da minha posição, mas pelo caráter, pela pessoa que é e pelo futebol: o Luan, zagueiro. É muito bom ver uma pessoa que cresceu contigo se destacando, tendo sucesso profissional, como ele está tendo.

O que você tem a falar sobre o técnico Jorginho?

GC: Eu voltei para o Vasco (do Bragantino) e não podia jogar. Mesmo assim, o Jorginho me colocava em todos os treinos, me botava em coletivo, nunca me deixava sem trabalho, nunca me deixava desanimado. De repente, ele podia muito bem ver que eu não podia jogar e me deixar de lado, de fora, mas eu sempre tive oportunidade de treinar junto com o grupo. Isso foi muito bacana para mim e me fez ver que, realmente, é um treinador que merece tudo o que está acontecendo na carreira dele e ele tem tudo para crescer na carreira como treinador.



Fonte: Esporte Interativo