Vasco enfrenta o Corinthians motivado por histórico de reações

Quinta-feira, 19/11/2015 - 13:23
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Vasco se escreve com V de vitória, de valor e de vida. E não sem motivo é chamado de time da “virada”, outra palavra também escrita com V. E se a equipe é capaz de reagir e de superar nas situações mais difíceis, terá de comprovar novamente esta característica nesta quinta-feira, às 22h, ao receber o Corinthians em sua casa, em São Januário. Depois de terem passado a maior parte das rodadas do Campeonato Brasileiro na zona de rebaixamento, os vascaínos precisam superar o melhor time do país e virtual hexacampeão nacional, para manterem as chances de escaparem da degola ao fim da competição.

Mas virar jogos e superar dificuldades é mesmo com os vascaínos. Afinal, nenhum torcedor do clube se esquece do dia 20 de dezembro de 2000, quando, na chamada virada do século, por se tratar de uma decisão internacional e no estádio do adversário, reagiu na final da Copa Mercosul. No antigo Parque Antarctica, perdia para o Palmeiras por 3 a 0 no primeiro tempo. Mas virou para 4 a 3 no segundo: três gols de Romário e um de Juninho Paulista.

Aquela não havia sido a primeira virada vascaína. A tradição de reagir nas partidas veio desde o primeiro título carioca, em 1923. O time dava a volta por cima em especial no segundo tempo. A 29 de abril daquele ano, o Flamengo saiu na frente, mas o Vasco conquistou a vitória: 3 a 1, com dois gols de Cecy e um de Negrito.

Viradas não poderiam faltar àquele que é considerado o melhor Vasco de todos os tempos: o Expresso da Vitória das décadas de 40 e 50. Em 1949, duas reações marcaram a campanha do título carioca invicto: a 7 de agosto, 5 a 3 sobre o Fluminense. Os vascaínos fizeram 2 a 1, mas os tricolores viraram para 3 a 2. Dali em diante, o Expresso acelerou e fez 5 a 3. No dia 21 de agosto, data de seu aniversário, o Vasco recebeu o Flamengo em São Januário. O rubro-negro abriu 2 a 0, mas os vascaínos golearam por 5 a 2.

Em 1975, com seu maior goleador, Roberto Dinamite, em campo, no segundo turno do Campeonato Carioca, no Maracanã, o Vasco pegava pela frente o Flamengo de Zico. O rubro-negro abriu 2 a 0 facilmente, e o jogo parecia decidido. Luis Carlos diminuiu ainda na primeira etapa. Na segunda, Dinamite e o zagueiro rubro-negro Luiz Carlos, contra, deram a vitória ao time de São Januário.

Adversário desta quinta-feira, o Corinthians foi vítima de uma dessas reações no Maracanã, no dia 4 de maio de 1980, pelo Campeonato Brasileiro. O Corinthians saiu na frente, mas o Dinamite, que havia retornado de uma curta passagem pelo Barcelona, estava inspirado. Fez todos os cinco gols da equipe carioca: 5 a 2.

Em 1988, na decisão da Taça Rio, segundo turno do Estadual, no Maracanã, o Vasco se defrontou com o Fluminense, de quem dificilmente ganhava em finais. Parecia que a escrita iria prevalecer quando os tricolores fizeram 1 a 0 e venciam quase até o fim do jogo. Vivinho e Bismarck construíram a virada, e dali em diante, o time avançou para chegar ao bicampeonato carioca e passou a ter uma ampla vantagem sobre o rival na estatística de confrontos.




Fonte: O Globo Online