Do Paulista de Jundiaí ao Vasco, Nenê se adapta, assume liderança e tem fama de generoso entre os amigos

Domingo, 27/09/2015 - 10:03
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Há pouco mais de um mês, Nenê foi apresentado debaixo da sombra de uma dúvida: com 34 anos e desde 2003 no exterior, teria dificuldades em seu retorno ao país? A resposta foi imediata. O apoiador não ficou fora desde a estreia e, após 12 partidas, já é uma liderança deste Vasco que reage. Adaptação nunca foi problema para ele, que trocou a quadra pelo campo tardiamente, mas, em seis meses, já impressionava o técnico dos profissionais do Paulista de Jundiaí, clube que o revelou.

— Eu promovia disputas entre os profissionais e a molecada dos juniores e juvenil. Numa segunda-feira, o Nenê participou de uma delas. Fiquei com aquele garoto de 17, 18 anos na cabeça e o relacionei para o jogo de quarta. Ele entrou e marcou dois gols — contou Luis Carlos Ferreira, que o lançou nos profissionais do clube paulista, em 1999.

Nenê foi destaque na conquista da Série A2 do Estadual e da Série C do Brasileiro, ambos em 2001. Estourou e logo foi parar no Palmeiras, e, depois, no Santos, onde conquistou o Brasileiro de 2003 ao lado de Diego e Robinho. Chamou a atenção do técnico Ricardo Gomes, então na seleção sub-23. Só teve quatro chances na equipe. Mas a oportunidade lhe rendeu fruto: o próprio treinador o levou, em 2007, para o Monaco, seu primeiro clube (também jogou no PSG) na França , país onde viveu a melhor fase de sua carreira.

— A diretoria tinha orçamento apertado. O Nenê era um jogador que já me impressionava desde o Paulista e estava num clube pequeno da Espanha (Celta). Foi uma grande oportunidade também para o Monaco — contou Ricardo, que viria a se desentender com Nenê. — Nada demais. Coisas do futebol (o jogador discordou das decisões do técnico).

Fora de campo, o meia também marca golaços. Um dos mais belos atende pelo nome de Jessica Garducci, com quem é casado desde 2013 e que chama a atenção por onde passa. Os dois protagonizam as fotos luxuosas que marcaram a passagem de Nenê pelo Qatar e que lhe renderam a fama de “Rei do Camarote” do futebol.

— Ele ostenta pouco. É porque, no Qatar, todos os lugares são impressionantes mesmo. Mas, se fosse eu, ostentaria muito mais — brinca Falcão, craque do futsal, um dos melhores amigos de Nenê (os dois se conheceram numa pelada beneficente) e seu sócio, ao lado do ex-jogador Denilson, na marca de roupas 100RSDN (lê-se “Sem risadinha”):

— Mas ele realmente é um cara muito generoso. Nos jantares, ele paga a conta antes que eu a veja na mesa. Na verdade eu finjo que não vejo. Porque não sou bobo, né?




Fonte: Extra Online