Confira a íntegra da entrevista coletiva de Doriva após Atlético-PR 2 x 0 Vasco

Domingo, 07/06/2015 - 01:02
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O Vasco evoluiu, jogou melhor. Porém, de nada adiantou. Perder por 2 a 0 para o Atlético-PR, neste sábado, em Curitiba, aumentou a má fase da equipe no Brasileirão. Agora em 19º lugar, com apenas um ponto, a equipe carioca continua na zona do rebaixamento. Situação que faz Doriva ter um discurso realista: o treinador reconhece o avanço do time dentro de campo, entretanto, reafirma a necessidade urgente de vencer a primeira partida na competição.

A próxima chance será, sábado, em São Januário. O rival é o Cruzeiro, de Vanderlei Luxemburgo, com vitória nos dois últimos duelos, um deles o clássico contra o Atlético-MG.

- Vi evolução, estávamos jogando contra o líder do campeonato e a equipe teve atitude, comprometimento, os atletas se empenharam. Ainda não vi o lance do pênalti, não sei se foi ou não, mas o árbitro deu. No final tivemos volume, tentamos fazer o time sair mais com as substituições, chutamos, não foi suficiente. Tomamos o segundo no contragolpe por conta da ambição de querer empatar o jogo. Acredito que houve evolução, temos de continuar evoluindo para buscar a primeira vitória, sabemos que o Brasileiro é difícil, não podemos ficar muito para trás, temos que buscar uma vitória urgente para respirar - disse o treinador.

A íntegra da entrevista:

Erros individuais

Ninguém quer errar. Sempre procuramos orientar os jogadores para eles estarem atentos, ligados, concentrados. Qualquer descuido pode ser fatal. Eu tinha dito a eles no intervalo que era um jogo de detalhes. Mas acabamos surpreendidos com o gol. Ai tivemos que nos expor mais. O Julio cansou, sentiu um desconforto na panturrilha, e perdemos uma válvula de escape pela esquerda. Aqui é um campo difícil de se jogar. Tivemos dignidade, lutamos. Mas ficamos tristes e lamentamos o resultado. Quando se impõe um ritmo forte e se perde dessa maneira, fica um gostinho ruim. Mas não temos tempo para lamentar. Temos que levantar a cabeça e buscar a recuperação contra o Cruzeiro.

Cruzeiro

Outro jogo difícil. Não tem partida fácil no Brasileiro. É uma grande equipe que vem crescendo, ganhou um clássico. Mas vamos jogar em casa e temos de aproveitar bem a semana. Focar, nos fechar mais ainda, trabalhar para conseguir fazer um bom jogo.

Situação

É difícil. Não queríamos estar nessa situação. Nos três primeiros jogos tivemos boas atuações, mas não saíram os gols. Só empates. Depois nos outros dois (Atlético-MG e Ponte Preta) demos uma caída. Hoje voltamos a um bom nível. Mas ainda assim perdemos. Temos que trabalhar, focar, corrigir as coisas e continuar acreditando. Em momento algum desconfiamos do nosso elenco. Temos qualidade e já demonstramos isso. Precisamos reencontrar o caminho das vitórias. Elas nos darão equilíbrio e confiança. É difícil quando você não consegue pontuar e perde a confiança.

Emanuel Biancucchi

Me agradou. Foi bem ativo no jogo. Se ele estivesse melhor fisicamente, poderia render até mais. Aproveitou a chance que teve, fez um bom jogo, bons passes, criou chances, reteve a bola. Vai nos ajudar muito na sequência do campeonato.

Estadual é ilusão?

Não digo ilusão. O estadual faz parte da cultura do futebol brasileiro. É difícil mudar isso. Mas o que tiramos de referência do estadual foram obviamente as partidas contra Flamengo, Fluminense e Botafogo. Tivemos boas performances nesses confrontos. Não digo que o estadual não vale nada. Vale muito. Não podemos diminuir nossa conquista. Mas com certeza temos uma equipe capaz de fazer uma campanha melhor no Campeonato Brasileiro. As vitórias ainda não aconteceram, mas a expectativa é que elas comecem logo. Queremos um campeonato tranquilo.

Passagem pelo Atlético-PR

Prefiro nem falar sobre isso, faz parte do passado. Fiz amigos, mas é um clube difícil de se trabalhar. Não sabemos de onde saem as opiniões, as interferências. Quem chega de fora precisa ter o respaldo que estou tendo no Vasco. Os resultados não foram ruins, mas a saída foi precoce e imatura. Faz parte.

Respaldo no Vasco

Decidi ficar no Vasco por conta da confiança que todos passam para mim. Isso vai acontecer sempre. Futebol é desgastante no momento de tomar decisões, mas me sinto respaldado pela diretoria. Durante a semana reforçaram essa situação da confiança para eu desenvolver meu trabalho. Me sinto confiante e sei que vamos sair dessa.

Fonte: GloboEsporte.com