Clássico teve clima de paz entre as torcidas, com apenas um incidente mais grave fora do Maracanã

Segunda-feira, 23/03/2015 - 12:50
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Enquanto em outros estados do país, como São Paulo e Minas Gerais, clássicos são disputados com apenas uma torcida predominante, o futebol carioca deu, neste domingo, mais um exemplo de que rivalidade esportiva não é sinônimo de violência. Lotado como nos velhos tempos, o Maracanã recebeu as torcidas de Flamengo e Vasco em clima de tranquilidade, com poucos incidentes dentro e fora do estádio.

A venda antecipada de ingressos — 75% dos bilhetes foram adquiridos até a véspera do jogo — contribuiu para a diminuição das filas nas bilheterias. Ainda assim, não faltaram cambistas oferecendo ingressos, até mesmo a preço inferior ao valor original, ao lado das bilheterias e sem serem incomodados pelo policiamento.

O efetivo policial destacado para o clássico, por sinal, foi reforçado: 1.431 agentes atuaram na partida, 200 a mais que no clássico entre Botafogo e Flamengo, há três semanas. Cumprindo ordem do Juizado do Torcedor, membros da torcida Força Jovem do Vasco, Raça Rubro-negra e e Torcida Jovem do Flamengo foram proibidos de comparecer ao estádio com faixas, bandeiras e camisas com alusão às facções, o que foi respeitado.

Incidente fora do estádio

O clima de tranquilidade foi manchado por um incidente na Rua Professor Eurico Rabelo. O local, tradicional ponto rubro-negro antes da reforma do estádio, transformou-se em local de encontro dos vascaínos. Uma hora antes do pontapé inicial, um pequeno grupo de torcedores do Vasco jogou latas de cerveja em um carro com torcedores do Flamengo.

Em resposta, a polícia militar usou spray de pimenta. Embora a grande maioria dos torcedores nada tivesse a ver com o tumulto, a ação policial provocou correria pela Rua Desembargador Isidro, com mais de mil torcedores. Crianças e idosos saíram com olhos ardendo.

Quando a tropa de choque chegou, dez minutos depois, embora já não houvesse hostilidade entre torcedores, os policiais avançaram sobre o grupo de vascaínos. E usaram bombas de efeito moral e provocaram novo corre-corre.

Fonte: O Globo Online