Artur Avila, brasileiro que ganhou a Medalha Fields de Matemática, é vascaíno

Quarta-feira, 13/08/2014 - 20:04
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O matemático brasileiro Artur Avila, 35, foi o escolhido para receber a Medalha Fields, conhecida como o “Nobel da matemática”. Ele será o primeiro ganhador da América latina. Leiam matéria no UOL – aqui

Essa é uma boa noticia. Artur estudou no Impa (Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada) uma das instituições de ensino superior no Brasil que se destaca pelo seu corpo docente e pela sua gestão. A revista Piauí, na sua edição de janeiro de 2010, fez uma boa matéria sobre o matemático Artur Avila. Vale a pena ler para ver a trajetória por trás desse cientista brasileiro. Em especial:

Da revista Piauí:

“Com 6 anos, Artur foi matriculado no São Bento, um colégio no centro do Rio que costuma ocupar o primeiro lugar da maioria dos rankings de melhores escolas do Brasil. Já aos 5 anos lia livros de matemática, e, como o currículo lhe parecesse algo tedioso, ia atrás de material didático de classes mais adiantadas. Chegou a comprar apostilas do Telecurso 2º Grau; como estava no ensino fundamental, aquilo lhe parecia mais avançado. Aos 13 anos, era bom aluno de história e ciências. As questões sociais lhe interessavam, e durante algum tempo achou que jornalismo pudesse ser uma opção de carreira. Herdou do pai a paixão pelo Vasco e pedia à mãe que o levasse aos treinos do time. Podia se dar a esse luxo, pois a escola não apresentava desafios maiores.

Artur teria encerrado o segundo grau do São Bento como quem passa férias, não fosse a disciplina de religião. Pela primeira vez, aos 14 anos, trombava com um obstáculo. Sua dificuldade não era o conteúdo, mas a natureza da discussão. Concluiu rapidamente que estava sendo apresentado à má filosofia: “Eles tratavam Deus como uma questão de lógica. Eu não podia aceitar, e isso independia de eu acreditar ou não em Deus”, lembra. “Se o padre dissesse ‘Estes são os dogmas da Igreja’, tudo bem. Mas eles sugeriam que a razão levava necessariamente à existência de Deus. Esse era um argumento filosófico, e sem o contra-argumento me parecia falacioso. Eu queria a refutação, e a refutação da refutação.” Como nenhuma das partes arredava pé, os beneditinos lhe sugeriram que deixasse a escola. “Foi um alívio”, ele diz.”


Boas escolas e um rapaz que parece ser um gênio. Uma combinação perfeita. Parabéns Artur Avila.




Fonte: Blog do Mansueto Almeida