Eduardo Nery, da chapa Vasco Mais que um Gigante, fala sobre suas propostas

Terça-feira, 05/08/2014 - 07:32
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Na noite desta segunda-feira(04/08), o candidato Eduardo Nery, da chapa Vasco mais que um gigante, concedeu uma entrevista à Rádio Manchete e discorreu sobre sua candidatura à presidência do Vasco, lançada no último sábado, e outros assuntos. Confira a seguir:

Lançamento da candidatura à presidência do Club de Regatas Vasco da Gama

“Já desde garoto, é um sonho nosso. Temos estudado gestão do futebol e os melhores modelos de gestão esportiva no Brasil e fora do Brasil e a gente acha que consegue implementar algumas coisas interessantes no Vasco da Gama. Dentre essas coisas, destacamos um centro de inteligência no clube, e de forma centralizada, fazendo com que o departamento tenha uma informação rápida para tomada de decisão e falamos de gestão integrada por indicadores. Além dessa, temos outras ideias, como a criação do comitê do futebol integrado por recursos humanos, psicólogos, vice-presidente de marketing, de forma que os atletas e decisões tomadas sobre contratações de atletas seja de forma organizada e com alguma ciência, em vez de uma decisão única ou tomada só por duas pessoas.”

Possibilidade de vitória nas eleições e importância das torcidas organizadas

“Com certeza, nós na verdade estamos com a chapa inscrita desde o dia 5 de julho, um mês antes conforme reza o estatuto. A gente entendeu que as eleições seriam adiadas, como foram, e na verdade a Justiça determinou a realização da eleição agora no dia 6. Decidimos lançar nossa campanha e colocar nossas propostas porque a gente acredita que sejam diferenciadas e essa eleição não está regida por propostas das chapas, mas relacionadas aos nomes dos candidatos. Sou realmente uma pessoa desconhecida, e nosso grupo tem essas propostas diferenciadas, e dentre elas, destaco a questão de torcida organizada. No nosso entendimento, a torcida organizada no modelo de hoje não faz bem ao clube, queremos uma cartilha com alguns pré-requisitos que a torcida organizada tem que atender. Entendemos que não existe também ingresso gratuito, todos devem pagar ingresso e gerar receita para o clube. A divida é de R$550 mi, e se continuar desse jeito, o futuro será muito ruim para o clube, portanto,a geração de receita, o fortalecimento do marketing do clube, a integração entre as áreas, entre outras, conseguimos fazer o Vasco voltar a ser o Vasco campeão que os torcedores tanto esperam.”

Plano sócio-torcedor e relação com torcidas organizadas

"Nós estudamos alguns modelos que existem no Brasil e fora do Brasil. Se falar no Barcelona, o grupo é de 30 a 40 pessoas que beneficiam o clube e a única coisa que eles fazem é sortear poucos ingressos. A gestão que use tecnologia para atender aos sócios com sistemas integrados onde há os perfis dos sócios , os que vão e os que não vão, tem que ser beneficiados. O sócio gera receita para o clube, mas avaliando os últimos fatos, o Vasco deixou de jogar em sua casa, teve essa questão de violência, que suja a imagem do clube, isso tem que parar, alguém tem que chegar, bater na mesa e falar que a torcida organizada deve seguir uma cartilha implementada pelo clube, senão nenhuma marca do clube poderão utilizar. Depois disso, pode o clube dar algum benefício, como utilizar a marca do clube e ganhar royalties sobre a venda de produtos da torcida organizada nas lojas e pontos de venda do clube. O modelo de hoje é falido, o benefício que a torcida organizada dá para o clube hoje é zero, às vezes, se estamos ganhando do Palmeiras, o grito de guerra é contra nosso maior rival. As torcidas podem colaborar? Podem colaborar muito, mas desde que realmente sejam organizadas.”

Opinião sobre lista de sócios que apresentou nomes de sócios duplicados e falecidos

“Isso foi um grande absurdo, um clube do tamanho do Vasco da Gama, centenário, e eu quando recebi a lista de sócios, fiz algumas avaliações e tem gente que nasceu em 1905. Não há telefone, nem e-mail na maioria dos sócios, e essa questão do Mensalão é a cara do ex-deputado(Eurico Miranda). Nas últimas eleições em que ele participou, foram reconhecidas pelo Judiciário como fraudadas, e nós que conhecemos esse histórico, o que se esperar dele é isso. Espero que o Judiciário tome uma decisão próspera para o Vasco e o meio esportivo, que o estatuto seja seguido e que essas eleições aconteçam mais para a frente, até para que a gente tenha um tempo hábil de fazer nossa campanha.”

Revitalização de São Januário

“Eu acho que as sedes do Vasco, como São Januário, Sede Náutica da Lagoa a Calabouço têm que gerar receita para o clube. Elas não podem funcionar por meio de receitas de outros esportes. Quanto a São Januário, vamos colocar os pés no chão, a situação do clube hoje não proporciona esse sonho e não podemos iludir o torcedor, há necessidade de se pagar impostos, funcionários recebem salários atrasados, isso é uma herança da administração anterior. Vamos sonhar com uma arena? Vamos, mas para daqui a 3 ou 4 anos quando a gente conseguir implementar no clube um modelo de remuneração variável. No marketing tem que haver pessoas capazes de vender a imagem do clube e trazer investidores para o estádio. A pessoa tem que ser remunerada pelo sucesso na venda de patrocínios, na negociação com investidor, como numa empresa funciona. Temos que pagar os funcionários, um time para ser campeão, vender melhor nossa marca, e vamos pensar em paralelo em nossa casa.”

Possibilidade de manutenção do diretor executivo Rodrigo Ceatano, Adilson Batista e comissão técnica

“O Rodrigo Caetano o Vasco não pode perder, é um dos melhores gestores do Brasil e conhece muito desse assunto. Não podemos falar quem não vai permanecer, quem vai ficar, mas o Rodrigo Caetano com certeza permaneceria.”

Fonte: Supervasco