Candidatos fizeram campanha em São Januário no jogo de sábado

Domingo, 20/07/2014 - 09:44
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Foram 73 dias de espera e ansiedade. No último domingo, enfim, os vascaínos voltaram a lotar São Januário. Mas o primeiro jogo com público no estádio pelo Campeonato Brasileiro da Série B de 2014 passou longe do esperado pelos cruz-maltinos. Se faltou a vitória, sobraram campanhas políticas, provocações ao Flamengo (veja no vídeo ao lado) e até críticas ao técnico Adilson Batista após o empate em 1 a 1.

A diretoria vascaína vendeu a volta de São Januário como o "maior reforço da história do Vasco" - o último jogo com torcida no estádio tinha sido no dia 7 de maio. Deu certo: quase 19 mil compareceram. A menos de um mês da eleição presidencial, vários candidatos aproveitaram a oportunidade para fazer campanha. O clima político era forte com a distribuição de panfletos. Nomes como Eurico Miranda, Roberto Monteiro e Julio Brant marcaram presença (veja mais sobre a atuação dos três abaixo). São nove chapas ao todo. Dos quatro candidatos definidos, apenas Nelson Rocha não foi ao jogo.

Com a bola rolando, a torcida apoiou - principalmente no primeiro tempo. E quase sempre embalada pela paródia da música "Brasil, decime qué se siente", muito cantada pelos argentinos durante a Copa do Mundo. Na versão vascaína, o Flamengo foi o alvo das gozações por não ter um estádio próprio para mandar seus jogos. Algozes dos rubro-negros, como Edmundo e Pedrinho, também foram lembrados na letra, que cita ainda uma goleada de 7 a 0, a maior da história do confronto, aplicada em 1931.

O gol de empate do América-RN na etapa final deu início às reclamações. No fim do jogo, sobrou para o técnico Adilson Batista. Não faltaram vaias, gritos de "Burro! Burro!" e pedidos de "Fora, Adilson!". O comandante, no entanto, minimizou as críticas e a pressão da torcida.

- Não vejo por esse lado (pressão). É sempre gostoso jogar aqui. Tivemos um público fantástico e gostaria de parabenizar o torcedor pelo apoio. Ele incentivou e jogou junto. Pressionamos o adversário, vi o torcedor jogando junto. Não teve pressão contra, ninguém sentiu. Errar faz parte do jogo. Sobre as críticas, já estou vacinado. Desde que cheguei ao Vasco, tento sempre fazer o meu melhor. Mas a responsabilidade é sempre do treinador. Isso é normal no Brasil, é cultural - lembrou Adilson.

Com 18 pontos em 11 jogos, o Vasco ocupa a 7ª posição na Série B. A equipe volta a campo na próxima quarta-feira para enfrentar a Ponte Preta, em Campinas, pela terceira fase da Copa do Brasil. O próximo jogo pelo Brasileirão será no sábado, contra a mesma Ponte, também no Moisés Lucarelli.

Julio Brant - com uma equipe grande de assessores trabalhando no entorno do estádio, fez a primeira aparição pública como candidato à presidência do Vasco - e, finalmente, está oficialmente dentro do pleito. Com camisa amarela e dizeres "Edmundo - Julio Brant - Leo Gonçalves", o jovem executivo de 37 anos se apoiou na popularidade de Edmundo, que chegou ovacionado ao estádio pouco antes da bola rolar. A chapa é a "Sempre Vasco".



Eurico Miranda - com carta aos torcedores, lema "O Vasco não suporta mais aventuras", carro de som tocando samba da candidatura do ex-presidente e até modelos contratadas para panfletar, Eurico ocupou seu camarote bem próximo da sala de presidência com alguns aliados, entre eles José Luis Moreira. Como sempre ultimamente, tirou foto com torcedores de todas as idades. A chapa é a "Volta Vasco, Volta Eurico!".



Roberto Monteiro - outro que investe muito na campanha. Distribuiu uma revista e adesivos para torcedores colarem no peito. Entre os correligionários, além do ex-vice-presidente Fred Lopes, o ex-médico do Vasco, Alexandre Campello, que perguntava a alguns torcedores se votavam e depois dizia: "Então tem que vir votar. Depois não adianta ficar três anos reclamando que o time está ruim, que o clube está uma m...". A chapa é a "Identidade Vasco".



Fonte: GloboEsporte.com