Grupo de estudos da Fifa vai propor permissão para a 4ª substituição

Quarta-feira, 02/07/2014 - 16:19
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O Grupo de Estudos Técnicos (TSG, da sigla em inglês) da Fifa confirmou nesta quarta-feira que vai propor aos conselhos de futebol da entidade e da International Board uma proposta para que seja permitida uma quarta substituição nos jogos de futebol.

— E uma questão que está sendo debatida entre os técnicos, quando temos conferências na ásia, na África e na Europa — disse Gérrard Houllier, presidente do TSG, no final da manhã desta quarta-feira, no Macaranã. — É uma ideia que vamos levar para o conselho e para a Fifa. A intensidade dos jogos está muito maior e com isso teríamos mais frescor e menos jogadores com câimbras, por exemplo — explicou.

Segundo o treinador francês, o ritmo tem sido tão intenso nesta Copa do Mundo que, um quarto dos gols, dos 154 marcados, aconteceu nos últimos 15 minutos de jogo:

— Os reservas entram sempre mais frescos e tivemos aqui 29 gols marcados por substitutos. Isso é um recorde na história das Copas até as oitavas. Para se ter uma ideia, na África do Sul, esse número significava 23 gols de substitutos até essa mesma fase.

Houllier disse que cabe ao conselho da Fifa apresentar a proposta a International Board, e que o futebol, hoje em dia, também serve fundamentalmente para entreter as pessoas:

— Se puder permitir esse acréscimo, sem dúvida será melhor para o futebol.

A próxima reunião do conselho da Fifa e da TSG acontecerá no início de setembro, em data ainda a ser confirmada. Qualquer proposta de alteração nas regras do jogo só seria aprovada na reunião anual da International Board que acontece sempre na primeira semana de março.

Houlier disse também que há três importante diferenças entre a Copa do Mundo do Brasil e a anterior na África do Sul em 2010.

— A primeira grande diferença é o ritmo acelerado das partidas; a segunda maior diferença é a qualidade dos atacantes. É muito difícil reunir tanto atacante bom como agora. Terceira razão é o futebol mais ofensivo. Temos 154 gols já superamos o total da África do Sul e ainda faltam oito jogos. E essa média de 2,75 por partida é a melhor desde 1966 — afirmou o francês.

Também membro do TSG, Sunday Oliseh, ex-capitão da Nigéria, disse que os asiáticos precisam melhorar o desenvolvimento dos jovens para que aprendam a jogar como tem feito os principais países.

— A Fifa pode ajudar nesse desenvolvimento através de seminários e relatórios que faremos depois da Copa do Mundo. Pode se dizer que estamos vivenciando um ritmo de futebol mais alto e jamis visto em outras Copas. Tivemos jogos extraordinários entre México e Holanda em que é preciso dar crédito ao trabalho dos créditos. Um ponto: um lia o que o outro fazia. Quando um fazia uma mudança, outro tentava responder. Uma maravilha. Um paraíso para quem gosta de admirar as táticas do futebol — encerrou o Oliseh.

Fonte: O Globo online