Presidente da Coaf minimiza caso de Rodrigo Castanheira, que prestou queixa na polícia contra ameaças

Quarta-feira, 19/02/2014 - 14:52
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Após prestar depoimento na Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), no fim da tarde de terça-feira, Rodrigo Castanheira deixou a Cidade da Polícia convicto a aceitar a sugestão da esposa, policial civil, para passar a noite fora de casa com os dois filhos por causa das ameaças que sofreu. O diálogo teve a anuência dos responsáveis pelo caso. Envolvido no afastamento do auxiliar de linha de fundo que errou ao não validar o gol legítimo de Douglas no clássico entre Vasco e Flamengo, no último domingo, Jorge Rabello minimizou a situação e não acredita em maiores consequências.

Segundo o presidente da Comissão de Arbitragem do Rio de Janeiro (Conaf), Castanheira não solicitou segurança quando esteve na sede da Federação do Rio para avaliar como proceder e está liberado para descansar e se recuperar até o início da próxima semana.

- É óbvio que ele tem de ser recuperado. O documento do presidente Rubens Lopes apenas confirma o que eu havia dito. Mas será coisa de duas semanas para ele fazer os exames, se refazer. Não é nada de mais, o Rodrigo está tranquilo na medida do possível. Não está andando com segurança nem disse que ia pedir reforço em casa. Vai ter o acompanhamento de um psicólogo assim que acertarmos tudo - afirmou Rabello, que absolve o funcionário.

- Em nenhum momento não contestamos a competência dele. Houve um erro, ele ficou muito chateado e a agora é bola para a frente. Não há motivo para mais do que isso.

De acordo com informações obtidas na delegacia, a intenção de Rodrigo Castanheira era realmente se afastar de sua residência por algumas horas para evitar o possível contato com a imprensa e com os agressores, já que seu endereço foi divulgado na internet. Ele inclusive fez contato com parentes que pudessem abrigá-lo. Mas em nenhum momento teria cogitado se mudar provisoriamente do bairro na Zona Norte do Rio de Janeiro ou foi orientado a pensar nisso.

Três torcedores que o ameaçaram já foram identificados. Quando intimados, podem responder por incitação à violência, ameaça, calúnia, difamação e injúria. Somadas, as penas podem chegar a quatro anos, seis meses e quinze dias. A expectativa é de o grupo se apresente voluntariamente à polícia. Paralelamente, a busca nas redes sociais continuará nas próximas semanas, e uma viatura também deve rondar a região onde mora o auxiliar.

Fonte: GloboEsporte.com