Rodrigo Caetano afirma que a política do Vasco não interfere em seu trabalho

Terça-feira, 11/02/2014 - 04:36
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Recontratado para ajudar na reestruturação do Vasco após o segundo rebaixamanto em sua história, o diretor executivo Rodrigo Caetano vai dando sua contribuição na montagem da equipe de futebol que irá disputar 3 competições em 2014, tendo já trazido 7 jogadores e na iminência de contratar o meia Douglas. Em partipação no programa Caldeirão Vascaíno, da Rádio Livre 1440 AM, Rodrigo falou de seu retorno ao Vasco, fez comparação com sua primeira passagem pelo clube no ano de 2009 e lamentou que o Vasco tenha sofrido mais uma queda e não tenha aproveitado melhor o período vencedor para reestruturação da instituição, em 2011:

“Eu lamento, tive um grande prazer de ter convivido no ambiente do Vasco anteriormente. O ambiente era bastante semelhante, diria que hoje o elenco é melhor, não é nenhum tipo de crítica ao elenco de 2009, e em 2009 o número de atletas era muito mais reduzido, quando chegamos ao clube eram 8 ou 9 atletas, foi uma remontagem enorme e a margem de erro era muito grande. No caso atual, o elenco já tinha uma certa base, as peças estão chegando e estão havendo melhoras no nível de qualidade. Imaginávamos que aquele ciclo que se iniciou em 2009 e foi vitorioso em 2011, pudesse viabilizar ao Vasco outras tantas frentes, com aquela equipe denominada “Trem Bala da Colina”, com jogadores que devolveram o orgulho ao torcedor e elevaram a auto estima com um título inédito, um vice-campeonato brasileiro, que é muito difícil e semifinalistas da Sul-Americana. O Vasco disputava lá em cima, o Vasco deveria ter se utilizado melhor naquele momento a grande retomada da credibilidade para se reestruturar como um todo para que não houvesse essa queda. Essas conquistas não podem se tornar fatos isolados, o Vasco é muito grande como instituição, como torcida, pela história que tem. Estou chegando agora, mas alguns avanços aconteceram, muitas áreas foram profissionalizadas, mas infelizmente com a queda só aparecem coisas ruins, mas coisas boas também aconteceram. Como torcedor, lamento muito que o Vasco nãotenha se utilizado daquele momento pra aumentar suas receitas e melhorar sua infraestrutura física. Não temos que olhar pelo retrovisor, devemos olhar para a frente, o Vasco tem que passar de novo por essa reestruturação, tomara Deus que tenhamos tempo, que possamos planejar novamente,e temos uma boa equipe de trabalho, não só no futebol, nas outras áreas também. Espero ver o Vasco forte, que não perca de novo essa oportunidade de melhorar em todas as devidas áreas, e que essas conquistas não se tornem fatos isolados na história desse grande clube que é o Vasco.”

Sobre a política do Vasco, cada vez mais em ebulição, Rodrigo afirmou que esta não interfere em seu trabalho e diz que preferiu fazer um contrato sem multa rescisória para que não houvesse prejuízo a ele e ao clube:

“O Vasco vai passar por eleição no meio do ano e é claro que isso causa apreensão, ainda mais no meu caso, não posso estar limitado somente aos resultados de campo, sou um diretor que tem que planejar junto com as demais áreas, um horizonte maior do que 6 ou 7 meses. O momento do Vasco é delicado, tem que montar uma equipe forte, resolvi aceitar o convite do clube com essa condição, sei como são os movimentos políticos de um grande clube, como é o Vasco, e partiu de mim mesmo não querer qualquer tipo de multa que viesse me proteger, da mesma forma que não protege o Vasco em caso de não continuidade. O meu futuro deve ser avaliado pelo futuro presidente, e se for de vontade dele pela continuidade, ficamos. Caso contrário, vou tentar contribuir com o clube da melhor forma e prepará-lo para o novo presidente e o time para as disputas que terá no ano, como Carioca, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro. Foi com esse foco que retornei, sempre esperando tempo suficiente para prosseguir com o trabalho e também entendendo que sempre prevalece nos grandes clubes a política, não quero lesar o clube em absolutamente nada.”

Fonte: Supervasco