Em reunião interna, Guiñazu lembrou a jogadores que 'a estrela aqui é o Vasco', afirma colunista

Segunda-feira, 03/02/2014 - 08:31
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Sapato velho

“Vi muita coisa errada aqui no ano passado, mas, como estava chegando, e tive a infelicidade de me machucar, pouco pude fazer. Mas este ano vai ser diferente. Quem não fizer as coisas certas não vai ficar. E quem vai fiscalizar e cobrar é o próprio grupo. É importante que todos saibam que a estrela aqui é o Vasco. E o Vasco somos todos nós...”

Foi mais ou menos esse o discurso do argentino Pablo Guiñazu, de 35 anos, numa das primeiras reuniões com os companheiros em 2014, visando à preparação psicológica do time. E quem presenciou a cena percebeu a energia contagiante. Com o olhar firme que passava a tropa em revista e a voz moderada, sem a necessidade de alteração no tom, mostrou conhecer os bastidores do vestiário de São Januário. Sem citar nomes, cobra na presença de todos o cuidado com a alimentação e a aplicação nos treinos. E, em campo, exige atenção e seriedade o tempo todo. Por mais que não seja um primor de volante, daqueles que nos enchem os olhos pela destreza e a capacidade de organizar o jogo, Guiñazu pode realmente exercer liderança importante para o Vasco — sobretudo agora com a aposentadoria de Juninho. E sobretudo também se melhorar a qualidade do passe. Ele, que se machucou logo na estreia com a camisa do clube, num clássico contra o Botafogo, coincidentemente o mesmo adversário de hoje, encarna o espírito deste time sem estrelas que está sendo montado por Adílson Batista e tem um currículo vitorioso, com quatro títulos estaduais e três sul-americanos — só com a camisa do Internacional. Ou seja: por ora, é sapato velho em pés descalços. E, ao que parece, do tamanho exato para as necessidades do Vasco...

Fonte: Coluna Futebol, Coisa & Tal - Extra