Comandante do Gepe do RJ diz que houve falha de segurança na Arena Joinville

Terça-feira, 10/12/2013 - 13:51
comentário(s)

Referência em policiamento em estádios, o Grupamento especial da Polícia Miltar do Rio de Janeiro afirma que o efetivo de 90 seguranças privados é insuficiente para um jogo de futebol — ainda mais em jogo tenso pela última rodada do Campeonato Brasileiro e num estádio acanhado. O comandante do Gepe, o tenente-coronel João Fiorentini,condena também o risco que oferecia a partida.

— O espaço entre as torcidas era grande. Mas não adianta se não houver efetivo para controlar o deslocamento. Entre o agente privado e o policial tem diferença. Policial segura, tem arma calibre 12 com tiro de borracha, se vier para cima vai utilizar — explica o comandante do Gepe, que utiliza um mínimo de 150 agentes nas ações nos estádios do Rio.

A capacidade da Arena Joinville, de 20 mil lugares, é relativa para calcular o efetivo correto, segungo o Gepe. Um dos problemas no estádio foi a venda de mais ingressos do que a capacidade da área de visitantes. No borderô, foram computadas 2.683 entradas para vascaínos, enquanto estavam disponibilizados 1.700 bilhetes. O resultado foi que a grade que separava as duas torcidas já estava vazada antes de o jogo começar. A separação seguinte era uma corda e apenas sete seguranças. As imagens de TV mostram ainda que quatro agentes formavam o cordão de isolamento da torcida do Furacão e outros quatro do Vasco.

— A proporção número de torcedores por agentes de segurança é relativa. No cordão de isolamento isso deve ser calculado. Três ou quatro não são suficientes pelo risco da partida. O estado emocional do torcedor precisava estar nessa análise de risco — acrescentou João Fiorentini.

O Ministério Público e a Polícia Militar de Santa Catarina informaram que não há nenhuma diretriz voltada ao não policiamento das áreas internas dos estádios de futebol de Santa Catarina, e que a segurança era responsabilidade do Atlético-PR e da Arena Joinville, mas a divisão das torcidas foi equivocada. Em atitude deselegante, o presidente do Atlético-PR, Mario Petraglia, sugeriu que a briga foi premeditada pelo Vasco para encerrar o jogo e tentar evitar o rebaixamento nos tribunais desportivos.

Fonte: Extra Online