Torcedor que quase se jogou da marquise em 2008 vai a Joinville, mas promete se comportar

Domingo, 08/12/2013 - 05:44
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Uma atitude impensada que quase terminou em tragédia. Há cinco anos, o desespero do torcedor Luiz Fernando Nascimento Vilaça, que subiu na marquise de São Januário para tentar o suicídio, foi o retrato do pior momento da história do Vasco até então. Ele foi salvo pelos bombeiros e seguiu adiante. Já o clube superou o rebaixamento e conquistou a Copa do Brasil em 2011. Hoje, entretanto, o destino, ingrato, promete emoções iguais às de 2008. Mas o vascaíno, que vai estar em Joinville, garante: “Desta vez, sem loucura.”

O amor pelo Vasco segue sólido, mas agora, com 26 anos, a maturidade fala mais alto. Da queda para a Série B para cá, a vida do torcedor tomou outros rumos. Além da mudança de Nilópolis para São Paulo, ele se casou.

“Vou para o jogo, mas já prometi à minha mulher que não vou fazer loucura. Se cair, vou lamentar. Não me arrependo do que fiz, mas nunca mais vou fazer uma coisa dessas. Só Deus sabe qual é a nossa hora”, disse.

Em 2008, após o apito final, o cenário foi outro. Revoltado, Luiz Fernando conseguiu subir na marquise de São Januário e ameaçou se jogar. O pior só não aconteceu por causa da intervenção de bombeiros e policiais. O drama dele foi presenciado por todo o estádio.

“Frequentava São Januário desde criança e sabia todos os caminhos de lá. Por isso foi fácil subir até a marquise. Estava bêbado e pensei em besteira. Para mim, o Vasco e minha vida tinham acabado com o rebaixamento. Estava revoltado. Só voltei atrás quando vi o desespero dos meus amigos pedindo para eu não pular”, lembrou o torcedor, admitindo que até hoje a cena não sai de sua cabeça.

“Aquele fantasma de 2008 ainda me persegue até hoje e tento levar a vida com fé. Quero acreditar que o Vasco vá escapar dessa. Penso diversas vezes no que aconteceu e vejo que a minha vida seguiu normalmente. Continuei indo aos jogos, vi o clube ser campeão da Copa do Brasil e chegar neste momento de novo”, afirmou.

Mesmo prestes a possivelmente viver momento idêntico ao que aconteceu há cinco anos, Luiz Fernando, que trabalha em uma loja de roupas, mantém o otimismo: “A gente depende de outros resultados, mas o Vasco não vai cair. Desta vez a gente escapa.”



Fonte: O Dia