No mesmo dia, Caio Júnior rejeitou assumir o Vasco, mas aceitou treinar o Fluminense

Sexta-feira, 01/11/2013 - 11:02
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"Não".

Foi o que disse Caio Júnior ao ser consultado pelo Vasco na segunda-feira, após a demissão de Dorival Júnior pela diretoria cruzmaltina. No mesmo dia, o telefone do treinador, que concluía duas semanas de estágio em continente europeu no Real Madrid e no Benfica, voltou a tocar. Do outro lado da linha, o diretor-executivo do Fluminense, Rodrigo Caetano, perguntando se aceitava conversar e abrir negociação para assumir o lugar de Vanderlei Luxemburgo no clube tricolor.

Dessa vez, a resposta do comandante que se encontra desempregado desde a saída do Vitória, em setembro, foi diferente.

"Sim".

Conforme apurou o ESPN.com.br, estava tudo encaminhado para a apresentação de Caio Júnior no Fluminense nesta quinta-feira, o seu nome já era conhecido por aliados da presidência, porém, a demora em seu retorno ao Brasil atrasou um possível anúncio até pelo menos o clássico Fla-Flu no fim de semana.

O ex-técnico de Flamengo e Botafogo chegou a Curitiba somente na quarta-feira à noite, dando tempo para que o presidente da patrocinadora Unimed Rio, Celso Barros, agisse ao lado do diretor Rodrigo Caetano para assegurar um voto de confiança a Luxemburgo. Ao contrário do que se esperava, o treinador completou praticamente todos os trabalhos da semana normalmente.

Não era essa a expectativa no último domingo. A derrota de 3 a 2 para o Vitória, no Maracanã, com um jogador a mais desde o primeiro tempo, deixou o mandatário do Flu, Peter Siemsen, decidido a fazer a mudança no banco de reservas nesta semana. Para isso, ele se reuniu com Rodrigo Caetano, até então contrário ao movimento, e mostrou que o melhor para o time era um profissional que conseguisse trazer a paz para o vestiário.

O perfil conciliador de Caio Júnior agrada. A predileção pelo trabalho com as categorias de base também. A sua pedida financeira se encaixa ainda dentro da proposta tricolor para 2014.

Mantido, Luxemburgo tem contrato até o fim do ano e a sua saída nesse momento não geraria grandes custos para o Fluminense. O clube tem 36 pontos no Brasileiro e está apenas uma posição acima da zona de rebaixamento, em 16º. A equipe não vence há sete jogos e sofre com a ausência do artilheiro Fred, contundido.

O presidente Peter Siemsen pôs fim ao silêncio em torno do assunto nesta quinta-feira e assegurou ao menos por enquanto a permanência do experiente treinador. Ao lado do diretor Rodrigo Caetano, eles tiveram uma conversa de 15 minutos antes do treino, nas Laranjeiras.

"Estamos pensando no jogo de domingo e acho prematuro falar sobre qualquer coisa além disso. Conversei com os jogadores e procurei tranquilizá-los para esse jogo. O grupo sofreu algumas perdas durante o ano, mas temos jovens que têm amadurecido rápido. Acredito que podemos ter um bom resultado no domingo", explicou.

Fonte: ESPN.com.br