Após deixar o Vasco, Carlos Alberto pode acertar com o Urubu

Sexta-feira, 02/08/2013 - 00:41

Não está sendo nada do que ele imaginava.

Seu sonho era sair da Seleção direto para a Europa.

Ainda por ser um treinador moderno.

Do tipo que planeja sua carreira no computador.

Frequenta fonoaudióloga, media training.

Faz exercícios físicos para permanecer com o mesmo peso de dez anos atrás.

Estuda idiomas.

Se preparou para a carreira na elite do futebol europeu.

Só que os convites não vieram.

Sua realidade é o grande mas tumultuado Flamengo.

Foi levado ao clube por seu companheiro de anos, Paulo Pelaipe.

Os dois gaúchos são os responsáveis pelo futebol na Gávea.

O presidente Eduardo Bandeira aceitou a indicação com um pensamento.

Gastar muito com um treinador preparado porque vai economizar com o time.

Com R$ 750 milhões em dívidas assumidas, o Flamengo padece.

Depois da humilhante derrota contra o Bahia está na zona do rebaixamento.

Cair é o maior medo de Eduardo Bandeira.

Quando o torneio começou, ele deixou Jorginho comandando a equipe.

E acreditou que o fraco elenco seria suficiente para fazer uma campanha média.

Não há grandes sonhos para 2013.

O dinheiro da televisão e do patrocínio da Caixa tem destino certo.

Amortizar os juros das dívidas e pagar os salários do time.

Mas Eduardo Bandeira percebeu que não poderia seguir por esta linha.

As derrotas do futebol estavam deixando o clube ingovernável.

Por isso tratou de ir contra as suas próprias palavras.

Nada de conter dinheiro.

Mandou embora Jorginho apenas depois de 14 partidas.

E investiu alto em Mano Menezes.

O clube não confirma os R$ 600 mil que a imprensa carioca divulgou.

Só assume que, com ele, a folha de pagamento é de R$ 6 milhões.

O treinador avisou que o caminho seria difícil.

Ele sabe o fraco potencial que teria nas mãos.

Felipe, Leonardo Moura, Wallace, Marcos González e João Paulo;

Luiz Antonio, Elias, Paulinho (Fernando) e Adryan (Bruninho);

Carlos Eduardo (Gabriel) e Marcelo Moreno.

Com medo da Segunda Divisão, diretoria do Flamengo resolve gastar. Fazer o que Mano Menezes está implorando. Buscar reforços. Jogadores vividos e disponíveis no mercado. Chicão e Carlos Alberto são nomes analisados...

Este foi o time que escalou ontem na vexatória derrota diante do Bahia.

A reclamação contra o erro de Éber Roberto Lopes no segundo gol disfarça.

Mas não deixa de mostrar o quanto o time é fraco.

Mano Menezes faz pose, mas está implorando por reforços a Pelaipe.

O dirigente faz o que não queria.

Bate de novo na porta de Eduardo Bandeira de Mello.

Pede dinheiro para buscar novos jogadores.

A pedido do treinador, o clube fracassou em duas tentativas.

Ambas com ligação com o Corinthians.

Leandro Castán e Sheik.

Os dois preferiram ficar na Roma e no Parque São Jorge.

Mano ficou frustrado.

Sabe o peso que teriam a chegado dos dois vividos atletas.

O treinador também viu morrer no nascedouro o sonho de ter Kaká.

O meia recusou qualquer projeto para jogar na Gávea.

A sensação é de tensão.

A presença na zona de rebaixamento provoca reclamação entre os conselheiros.

Outra vez voltam a questionar a política de Eduardo de Bandeira.

De assumir a grande dívida de R$ 750 milhões e ter um treinador caro.

A cúpula flamenguista entendeu que não é possível ter apenas técnico.

Se sente obrigada a investir.

Uma eventual queda para a Segunda Divisão seria um desastre.

Acabaria com a pretensão de continuidade, de reeleição.

Por isso, a pedido de Mano, o Flamengo vai às compras.

O treinador quer jogadores vividos capazes de aguentar cobrança.

A diretoria estuda os disponíveis no mercado brasileiro.

Desde Chicão até Carlos Alberto, ex-Vasco.

Mano quer jogadores vividos o mais rápido possível.

Deseja se livrar da tensão de ver o time na zona de rebaixamento.

Por seu plano de carreira, cair para a Segunda Divisão seria caótico.

Para isso ele conta com seu empresário Carlos Leite.

Ele já tem Wallace, Ramon e André Santos no elenco flamenguista.

Está vendo o que pode fazer, com seus contatos.

O que não pode acontecer de jeito algum é o rebaixamento.

Eduardo Bandeira sabe que nem Patricia Amorim conseguiu essa façanha.

Por isso está disposto a aceitar a cobrança de Mano Menezes.

Vai gastar.

A deprimente derrota em Salvador foi um tapa na cara da direção do clube.

Ter o caríssimo ex-técnico da Seleção apenas não adianta nada.

A saída é buscar reforços importantes.

Depois se analisa o que fazer com os R$ 750 milhões em dívidas.

Exatamente como implorava o demitido Jorginho...

Fonte: Blog do Cosme Rímoli - R7