Com reforços, Dorival passa a ter mais opções táticas; veja análise

Segunda-feira, 29/07/2013 - 16:35

A chegada de Dorival Júnior e a entrada de Juninho coincidiram com o melhor momento do Vasco no Brasileirão, com duas vitórias seguidas, sobre Fluminense e Criciúma, e a ascensão para o oitavo lugar. Se aos poucos vai imprimindo seu estilo, o treinador terá a partir de agora mais peças para fazer a engrenagem funcionar à sua maneira. Fagner, Guiñazu, Montoya e Reginaldo - contratados recentemente, assim como o Reizinho - ainda farão suas estreias.

Nos treinos, Dorival deixou transparecer que prefere o time no esquema 4-3-2-1, com Eder Luis e Montoya jogando abertos, municiando André. Como não pôde escalar o colombiano contra Fluminense e Criciúma, ele optou por um meio-campo com Sandro Silva mais recuado, Juninho com liberdade e acompanhado por Pedro Ken e Wendel. No ataque, atuaram Eder Luis e André.

Para a partida contra o Goiás, nesta quarta-feira, a expectativa é de que Guiñazu seja regularizado na CBF e esteja à disposição. Já Montoya terá de esperar mais alguns dias, até que a Fifa dê um parecer favorável ao Vasco sobre um impasse na transferência causado pelo All Boys, seu ex-clube. Dorival, porém, já avisou - e deu indícios - que não mexerá na equipe enquanto os resultados vierem. Fagner ficou no banco de reservas, e Nei se manteve titular na lateral. Reginaldo, que fecha o quinteto de contratações, recupera a melhor forma física.

Não deve haver espaço garantido, a não ser para Juninho. Presente em todos os encaixes, o Reizinho só ficará fora quando for poupado. E não será incomum isso acontecer. Wendel, canhoto, e Ken, destro, têm algumas características do camisa 8 e podem substituí-lo, em especial fora de casa. Outra opção é escalar Fagner no meio-campo, enquanto a fartura de alternativas não se torna realidade.

Outras opções para Dorival são explorar a experiência de Reginaldo pelos flancos, adquirida em anos de Itália, e eventualmente pôr dois cães de guarda (Sandro Silva e Guiñazu) lado a lado. Num tradicional 4-4-2, Juninho se aproximaria do gol adversário, com mais liberdade.

Para Leo Miranda, dono do blog Painel Tático, do GLOBOESPORTE.COM, o trabalho de Dorival pôde ser visto após a derrota para o Flamengo, em Brasília.

- Na ocasião, Dorival manteve o 4-2-3-1 usado por Autuori, com algumas mudanças: Eder Luis na ponta e Pedro Ken oficialmente como meia. Pouco treinada, a formação não deu encaixe, e o Vasco pouco concluiu a gol. Nos dias seguintes e com as contratações, ele resgatou um sistema conhecido: o 4-3-1-2, o losango usado durante todo o ano de 2009, na Série B. Sem a bola, o time adotou postura agressiva na marcação da saída de jogo adversária, como na grande vitória sobre o Fluminense - explicou.

O blogueiro diz que, na vitória sobre o Criciúma, o Vasco deu mostras de adquirir um padrão tático. Pedro Ken e Eder Luis participaram da marcação, recuando e acompanhando os volantes adversários. Ao atacar, o time tem Juninho indo à intermediária para concluir ou dar o último passe, com Eder e Ken avançando até a área e se aproveitando das subidas de Henrique.

- Se antes, no início de julho, o futuro não parecia bom ao Vasco, hoje o cenário é bem diferente. Com o visível trabalho do treinador e um elenco nivelado e de qualidade boa, dá para sonhar mais nessa temporada.



Fonte: GloboEsporte.com