Abel Braga e Rodrigo Caetano abrem as portas do Fluminense para Felipe

Sábado, 05/01/2013 - 08:25

Se o Vasco fechou a porta para Felipe, o Fluminense vai escancarando a sua. E quem está abrindo-a é o técnico Abel Braga, que, em entrevista ao Jogo Extra, admitiu ontem ter sido consultado pela diretoria sobre a possibilidade de contar com o reforço. O treinador do Tricolor não somente deu seu aval, como mostrou-se empolgado.

— Falaram pra mim: “Felipe está aí...” Então, me perguntaram: “Quer?” Quero. Como não vou querer? Como não vou gostar? — revelou Abel. — É um jogador que faz duas ou três funções. Fui campeão nas três vezes em que trabalhei com ele: ganhamos a Taça Guanabara, pelo Vasco, em 2000, fomos campeões cariocas pelo Flamengo, em 2004, e pelo Fluminense, em 2005 — acrescentou.

Além de considerar Felipe um jogador versátil, o técnico do Fluminense tem mais motivos para apoiar sua contratação:

— É meu amigo, gosto dele, nunca tivemos problema. E, mais: é um jogador que não se machuca. Está sempre pronto — destacou.

CONTRATO COM VASCO É O ENTRAVE

Um ponto pesa contra Felipe: ele tem mais um ano de contrato com o Vasco. Após a polêmica envolvendo Wellington Silva, ex-Flamengo, o Fluminense não quer se queimar no mercado, abrindo guerra com outro rival.

— A gente precisa ter cuidado. Já houve o caso do Wellington Silva, mas o Flamengo perdeu a opção e o Fluminense soube que o jogador estava livre. Então, vamos devagar. Felipe é do Vasco ainda — ressaltou Abel.

A empolgação do técnico não garantiria a Felipe uma vaga no time titular.

— Ele viria para somar. Tenho um grupo formado, com um time titular mais ou menos pronto. Mas ele poderia ajudar — disse Abel que, apesar do interesse, está mais preocupado em encontrar um lateral-esquerdo disponível no mercado. — Na lateral, não dá mais pro Felipe, não — admitiu.

O diretor Rodrigo Caetano, que, quando estava no Vasco, manteve Felipe afastado por um período, em 2011, superou o mal-estar:

— Se o Vasco liberar, quem sabe? Enquanto estive lá, os problemas foram quase zero. O que houve foi resolvido internamente.

Fonte: Extra