Maicon Assis espera se firmar no Vasco em 2013

Terça-feira, 25/12/2012 - 20:48

Natural de Bento Gonçalves, cidade localizada no interior do Rio Grande do Sul, o meia-atacante Maicon Assis iniciou sua trajetória no futebol nos dois principais clubes gaúchos. No Grêmio, o jovem permaneceu de 2004 a 2007. Já no Internacional apenas numa parte da temporada de 2008, pois no mesmo ano se transferiu para o Cruzeiro.

Apesar de ter passado por três grandes clubes do futebol brasileiro, foi no Vasco que o atleta viveu o seu melhor momento. No cruzmaltino desde 2009, Maicon fez parte do elenco cruzmaltino que conquistou o OPG em 2009 e o Campeonato Carioca de júnior em 2010. Nessa última competição, o garoto disputou 14 partidas e marcou 4 gols.

A boa passagem na base, porém, não garantiu uma vaga a Maicon no plantel principal do Gigante da Colina. Até mesmo por isso, o atual camisa 37 passou um longo período sendo emprestado para clubes de menor expressão. O primeiro deles foi o Vasco de Sines, de Portugal, onde meia permaneceu de 2011 a 2012. No início desta temporada, Assis foi emprestado ao Arapongas, do Paraná.

O retorno ao Vasco aconteceu na segunda metade da temporada e sua estreia aconteceu no final do mês de novembro em São Januário. Na oportunidade, o cruzmaltino perdeu pelo placar de 2 a 1. Após essa partida, Assis entrou em campo nos jogos contra o Corinthians (derrota por 1 a 0) e Coritiba (vitória por 2 a 1).

Ainda não se sabe se Maicon Assis estará na lista dos jogadores que irão para a cidade de Pinheiral-RJ disputar a pré-temporada, mas o jovem aproveita as férias com a esperança de iniciar 2013 nos planos do diretor-técnico Ricardo Gomes:

- Ainda não sei o que vai acontecer, mas espero continuar porque tenho a certeza que em 2013 vou fazer de tudo para ajudar o Vasco - disse com exclusividade.

Bate-papo exclusivo com Maicon Assis, meia do Vasco:

Você iniciou sua carreira nos dois maiores clubes do Rio Grande do Sul. Por qual motivo você foi parar no Vasco?

“Comecei no Grêmio em 2001. Fiquei lá até 2007 e logo depois fui para o Internacional, onde fiquei oito meses. Depois fui para o Cruzeiro de Minas e fiquei por lá durante um ano. Foi quando recebi o convite do Rodrigo Caetano, com que trabalhei no Grêmio, e acertei minha ida para o Vasco”.

Como você avalia sua passagem pelo Vasco até agora?

“Esse ano realizei um grande sonho, que foi o de fazer meu jogo de estreia pelo Vasco. Minha passagem está sendo muito boa, mas sei que tenho muito para apresentar ainda”.

Quando você foi para Portugal chegou a pensar que sua história no Vasco poderia ter se encerrado?

“Foi um momento complicado porque estava voltando de uma lesão sé. Mas em Portugal ocorreu tudo muito bem. Lá voltei a ter confiança para jogar e passei por grandes momentos. Foi uma experiência muito grande que adquiri”.

O que você mais aprendeu na Europa? Qual foi a maior dificuldade que você enfrentou lá?

“Foi uma grande experiência. Por mais que as partidas tenham sido de uma divisão inferior, aprendi muito lá. A maior dificuldade foi não receber em dia. Foi durante esse período que eu pensei em trabalhar numa outra coisa para poder alcançar uma situação melhor”.

Aí você voltou ao Vasco. O que você pensou quando soube que retornaria ao Brasil?

”Quando voltei ao Brasil fui emprestado ao Arapongas, clube do Paraná. Lá fiz um grande trabalho e assim que sai soube que voltar ao Vasco para fazer parte do grupo principal”

Foi a realização de um sonho quando te disseram que você iria subir? Quem te deu a notícia?

“Foi um dos sonhos realizados. Quem me deu a notícia foi o Daniel Freitas”.

Como foi conviver com ídolos como Juninho, Felipe, Dedé? Quem mais te deu dicas nesse período que você conviveu com o profissional?

“Foi um sonho que realizei. Desde criança eu imaginei conviver com esses caras e sonhei em um dia poder conviver com eles. Fica até meio ruim citar um nome de quem me ajudou muito desde o período que estou no time profissional. Mas agradeço ao Felipe por estar sempre me dando dicas e conselhos. Agradeço muito a ele hoje”.

Em que você pensou quando ficou na beira do gramado para estrear com a camisa do Vasco?

”Passou muita coisa na minha cabeça porque quando era criança imaginava esse momento, assim também como minha família. Senti uma emoção que não tem tamanho. Não sei nem como descrever a felicidade que senti no dia de minha estreia com a camisa do Vasco”.

Seus familiares são vascaínos?

“Aprenderam a gostar do Vasco. Com um tempo no clube a gente vai se identificando. Então, eles aprenderam a gostar do Vasco”.

O que você espera para a temporada de 2013? Sabe se vai permanecer?

”Ainda não sei o que vai acontecer, mas espero continuar porque tenho a certeza que em 2013 vou fazer de tudo para ajudar o Vasco. Sei que tenho condições para isso. O Vasco vai fazer um elenco para brigar por títulos e espero ficar para poder participar e ajudar o Vascão”.

Como você viu essa reta final do Vasco? Acha que o clube poderia ter ido mais longe?

“Acho que o time poderia ter ido mais longe como a torcida queria, mas não foi um ano ruim porque conseguimos acabar o Campeonato Brasileiro na quinta colocação. Então, não tem como dizer que o ano foi muito ruim. Apesar disso, a gente sabe que poderia ter ido mais longe”.

Como estava o clima no clube nessa reta final de temporada? Você sabia que Eduardo Costa, Prass e Rodolfo podiam sair?

“Não. Não foi uma reta final das melhores, mas não sabia que esses jogadores estavam de saída”.

O Vasco deverá ter um time repleto de jovens oriundos da base no ano que vem. Apesar de ainda não ter muito tempo no time profissional do Vasco, você já tem certa rodagem no futebol. Que conselho você daria para Marlone, Jhon Cley, Jomar e os outros que estão subindo para o time de cima?

“Como você disse ainda não tenho experiência como profissional, também estou começando minha carreira como eles. Mas já rodei em alguns times na época em que tinha idade de júnior. O que posso falar para eles é que para ter sucesso na carreira é preciso matar um leão por dia. É importante focar e buscar sempre evoluir como profissional”.

Juninho e Felipe, por serem experientes, poderiam ajudar?

“Com certeza. Quem no Brasil não quer um Juninho e um Felipe no time?! Sempre importante é ter jogadores como eles no elenco. Até porque eles podem ajudar a garotada que está começando”.

Então você torcia pela permanência do Rei?

“Minha torcida era muito grande pela permanência dele. Esperava que ele pudesse estar com a gente em 2013 para nos ajudar”.

Fonte: Blog do Carlos Gregorio Jr - Supervasco