Carlos Alberto, Fabrício e William Barbio são os pendurados do Vasco

Sábado, 06/10/2012 - 14:47

O Campeonato Brasileiro ainda permite sonhar. A menos de dois meses do fim da competição, faltando 11 rodadas, não há campeão nem mesmo rebaixado. Portanto, Atlético-GO e Vasco, que brigam nos extremos da tabela e se enfrentam às 16h20m (de Brasília) deste sábado, no Serra Dourada, apostam as últimas fichas em seus objetivos. Tanto para um, quanto para o outro 12 pontos separam dos seus objetivos: o time carioca do título e o Dragão, do 16º colocado, o primeiro fora da zona de rebaixamento. Além disso, exatamente três clubes estão no caminho das façanhas.

O Rubro-Negro goiano luta para tornar sua situação menos desesperadora. Na lanterna, com apenas 20 pontos, foi até Santiago, no Chile, na última quarta, para enfrentar o Universidad Católica pelas oitavas de final da Copa Sul-Americana e com a esperança de voltar com um bom resultado para dar um sopro de motivação na sequência da temporada. A derrota por 2 a 0 desanimou ainda mais a equipe e os torcedores.

Os números jogam contra o Dragão para esta partida. Dono da pior campanha como mandante no Brasileirão, a equipe de Artur Neto soma seis derrotas nos oito jogos realizados no segundo turno até agora. Responsável pelos dois piores públicos do campeonato, o Atlético-GO novamente não tem perspectiva de contar com um grande apoio nas arquibancadas no Serra Dourada, que devem ter maioria cruz-maltina.

Na Colina, o clima foi de confiança na semana de trabalho. O técnico Marcelo Oliveira conquistou, com sobras, sua primeira vitória à frente do comando e contou com tropeços de Atlético-MG e Grêmio para se aproximar do segundo e terceiro lugares, respectivamente, com seis e três pontos de desvantagem. Os jogadores lembraram que é necessário abrir vantagem para o São Paulo, quinto colocado, já que os próximos compromissos serão confrontos diretos, inclusive contra o próprio Tricolor, em São Januário.

O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances da partida em Tempo Real, com vídeos exclusivos. A TV Globo transmite a partida para RJ, MG (menos Ituiutaba e Uberlândia), ES, SC, Recife (PE), BA, PB, RN, AL, MA, PI, GO (menos Goiânia), DF, MT, MS e Região Norte.

As escalações

Atlético-GO: após a derrota para o Universidad Católica pela Copa Sul-Americana, o técnico Artur Neto teve apenas um treino para preparar o Atlético-GO para o duelo deste sábado, e preferiu poupar a equipe titular, que fez apenas um trabalho regenerativo. Sem esboçar como escalará a equipe, o treinador só confirmou que fará “de cinco a seis mudanças” na escalação. A única alteração certa é a entrada de Adriano na vaga de Marcos na lateral-direita. O volante Dodó, recuperado, deve voltar. Outros titulares devem começar o jogo no banco de reservas para serem poupados. O provável time: Márcio; Adriano, Gustavo, Diego Giaretta e Eron; Dodó, Marino, Danilinho e Alexandre Oliveira; Ricardo Bueno e Felipe.

Vasco: as quatro alterações do Vasco se dão por retorno dos jogadores ou por lesão. Jonas e Renato Silva cumpriram suspensão e tomam as vagas de Luan e Fabrício, respectivamente. Além deles, Carlos Alberto, recuperado de uma infecção no pé esquerdo, barrou Felipe, que pediu ao técnico Marcelo Oliveira para jogar mais recuado. Por fim, Eder Luis assume o posto de Tenorio, machucado. Numa variação entre o 4-3-1-2 e o 4-3-3, o Vasco joga com Fernando Prass; Jonas, Dedé, Renato Silva e Thiago Feltri; Nilton, Wendel, Juninho e Carlos Alberto; Eder Luis e Alecsandro.

Quem está fora

Atlético-GO: Marcos e Diogo Campos estão suspensos. Joilson está com uma lesão muscular na coxa e continua de fora. Gabriel, Paulo Henrique, Leonardo e Carlos já se recuperaram de lesões, mas ainda estão em fase de transição para o campo. Adriano Pimenta e Felipe Brisola têm lesão no joelho. Rafael Cruz se recupera de cirurgia no púbis.

Vasco: o zagueiro Douglas se recupera de um estiramento na coxa e volta a treinar com bola na semana que vem. O lateral William Matheus sofreu leve lesão no mesmo local e também estará à disposição possivelmente já para o jogo contra o São Paulo, quarta-feira. Já o atacante Tenorio, outro com problema na coxa, tem prazo mais longo: são mais 20 dias de molho. Não há ninguém suspenso.

Pendurados

Atlético-GO: Alexandre Oliveira, Bida, Carlos, Eron, Patric e Paulo Henrique.

Vasco: Carlos Alberto, Fabrício e William Barbio

O árbitro

Raphael Claus (SP) apita a partida, auxiliado por Carlos Berkenbrock (Fifa/SC) e Ciro Chaban Junqueira (TO). Raphael Claus arbitrou sete jogos no Brasileirão, marcou 230 faltas (média de 32,8 por jogo), mostrou 35 amarelos (média de 5 por jogo) e um vermelho (média de 0,14 por jogo) e marcou dois pênaltis (média de 0,29 por jogo). O campeonato tem média de 5,03 amarelos, 0,29 vermelho, 36,7 faltas e 0,21 pênalti. O árbitro apitou um jogo dos cariocas na Série A deste ano: Vasco 0 x 4 Bahia, pela 23ª rodada.

Fique de olho

Atlético-GO: após seis jogos, o atacante Ricardo Bueno deve ser titular do Atlético-GO novamente. O jogador chegou como a esperança de gols da equipe rubro-negro, mas fez apenas um nos 12 jogos que fez pelo Dragão. Entretanto, todo o ataque atleticano está devendo na competição, e Bueno terá mais uma chance de tentar provar que ainda pode contribuir.

Vasco: Carlos Alberto completa 100 jogos pelo Vasco em sua volta à equipe após duas rodadas. Em busca do primeiro gol no Brasiileirão, ele assume a vaga de Felipe, mais adiantado, com liberdade e com a missão de tabelar com Alecsandro no jogo que pode confirmar a boa fase cruz-maltina rumo ao G-3 e até à caça ao líder Fluminense.

O que eles disseram

Gustavo, zagueiro do Atlético-GO: “O elenco todo do Vasco é de qualidade. Temos de ter atenção especial para não sermos surpreendidos. Temos de tomar cuidado com as faltas perto da área. O Juninho é um grande cobrador de faltas, não podemos bobear, temos de chegar firme, mas com atenção para não fazer a falta”.

Marcelo Oliveira, técnico do Vasco: "O Serra Dourada é um campo de dimensões amplas, tem um gramado fofo e tanto Goiás como o Atlético-GO se utilizam muito disso. O clima é seco, então vamos nos prevenir hidratando os jogadores. Também precisamos de boa posse de bola. Eles usam essas características locais e se lançam muito ao ataque, imprimem velocidade. Os volantes saem e dão espaço para o contra-ataque, mas chegam com muita gente na frente. Temos de tomar cuidado com isso".

Números e curiosidades

* Computando todas as competições e amistosos, Vasco e Atlético-GO já se enfrentaram em 18 oportunidades, com boa vantagem do Vasco. Ao todo foram dez vitórias vascaínas, cinco empates e três triunfos atleticanos. O Vasco marcou 26 gols e sofreu dez.

* O Vasco é a quarta equipe que mais pontuou (18) atuando fora de casa neste Brasileirão, ao lado do Botafogo, e atrás apenas de Flu (31), Atlético-MG (20) e Grêmio (19). São quatro vitórias, seis empates e três derrotas.

* Já o Atlético-GO não vence uma partida em casa neste Brasileiro desde o dia 19/8: 2 a 1 no Palmeiras. Nas últimas quatro vezes que atuou no Serra Dourada neste Brasileiro, o Atlético-GO obteve um empate e três derrotas: 0 a 2 Cruzeiro; 1 a 1 Portuguesa; 1 a 2 Coritiba e 1 a 2 Flamengo.

* Esta é apenas a 17ª vez que o Atlético-GO recebe uma equipe carioca em Goiânia na história do Campeonato Brasileiro da 1ª divisão. Nas 16 vezes anteriores, o Rubro-Negro obteve cinco vitórias (1 a 0 no Vasco, em 1980; 1 a 0 no Bangu, em 1987, pelo Módulo Amarelo; 2 a 1 no Flu, em 2010; 2 a 0 no Vasco, em 2010, e 2 a 0 no Botafogo, em 2011), três empates e oito derrotas.

* Computando todos os jogos, a média de gols das partidas entre Vasco e Atlético-GO é de dois gols por jogo. Foram marcados 36 gols em 18 confrontos. Apenas cinco das 18 partidas entre as duas equipes na história terminaram empatadas: 1 a 1, em 1964 (amistoso); 1 a 1, em 1973 (Torneio não oficial); 0 a 0, em 1986 (Brasileiro); 2 a 2, em 2009 (Série B), e 1 a 1, em 2011 (Brasileiro).

Último confronto

O Vasco derrotou o Atlético-GO, por 1 a 0, no dia 15 de julho, pela nona rodada do Brasileirão, com gol contra de Gabriel (veja os melhores momentos), após falta batida por Juninho e desvio de Alecsandro. A partida foi disputada em São Januário, para mais de oito mil presentes. Apesar do triunfo, o time então dirigido por Cristóvão Borges foi pressionado pelo Dragão, em especial nos minutos finais, nos quais Fernando Prass salvou o mandante. Na ocasião, o Vasco era o segundo colocado, e o Rubro-Negro goiano já ocupava o último posto na tabela de classificação.

Fonte: GloboEsporte.com