Douglas ultrapassa número de jogos de Dedé e festeja assédio da torcida

Sábado, 08/09/2012 - 21:31

Antes de o Campeonato Brasileiro começar, Douglas renovava sua dose de paciência a cada semana em que não era relacionado para o jogo. Agora, quatro meses depois, o zagueiro celebrará a marca de integrante do setor que mais vezes vestiu a camisa do Vasco ao entrar em campo contra o Bahia, neste domingo, às 18h30m, em São Januário. São 17 partidas, uma a mais que Dedé, convocado para a Seleção. O camisa 16 admitiu que não acompanhava os números e se mostrou contente pela prova de reconhecimento de seu trabalho.

- Não sabia da marca, mas fico feliz. É sinal de que, na oportunidade que tive, eu soube aproveitar, senão não teria essa sequência grande de jogos. Principalmente para mim, trabalhei muito por isso, quem está aqui sabe. Espero dar continuidade e procurar ajudar o Vasco. Antes de qualquer pensamento pessoal, o importante é ver o time lá em cima - disse.

A moral, no entanto, não é exclusiva de dentro do clube. O assédio geral só cresce, mas Douglas se diverte, procura escutar os torcedores e, claro, os conselhos do pai, seu Cosme, vascaíno, que é zagueiro amador nas peladas em São Paulo e não perde um jogo do filho.

- É bem bacana, minha vida realmente mudou muito nos últimos meses, e para melhor. Hoje em dia, já tenho o reconhecimento da torcida, passo na rua e me conhecem, sempre querem conversar, dão apoio, algum recado. Antigamente, não tinha assédio, né? A família também é muito importante. Meu pai, a pessoa mais próxima que eu tenho, me acompanha e me incentiva demais. Quando precisa puxar a orelha, ele também faz (risos).

Para se ter uma ideia da soberania dele, os mais experientes Renato Silva e Rodolfo não fizeram, somados, nem 12 jogos, seja por lesão ou problema de regularização. Fabrício, que será o companheiro de Douglas novamente, vai completar seu quinto compromisso ainda.

O goleiro Fernando Prass acompanha o trabalho do companheiro desde 2010, quando o tímido desconhecido chegou à Colina, aos 20 anos, para compor o time sub-23. E ressaltou que a qualidade não foi adquirida do dia para a noite. Era apenas uma questão de brecha.

- O jogo transporta para o público a situação do jogador. Não adianta estar há dois anos treinando bem se o público não vê isso. Aí entra o preconceito de que, se não é titular ou não está no banco, é porque não tem condições de jogar. Mas, dificilmente, um jogador passa por um clube sem ter uma oportunidade pelo menos. Na minha opinião, o que se faz no tempo em que você está fora é decisivo. Tem aqueles que ficam esperando o espaço para começar a se preparar. Essa é a diferença para ele. Douglas mostrou do que é capaz logo de cara - avaliou.

Fonte: GloboEsporte.com