Nelson Rocha questiona reprovação de contas de 2011

Quarta-feira, 05/09/2012 - 18:18

O Conselho Fiscal do Vasco recomendou ao Conselho Deliberativo a reprovação das contas de 2011, por unanimidade, alegando irregularidades no balanço apresentado. Agora, os 300 membros do Deliberativo farão uma reunião para definir a aprovação ou não. Em 2009 e 2010, a recomendação foi a mesma, mas não impediu que os balanços fossem aprovados.

De acordo com o presidente do Conselho Fiscal do clube, Hélio Donin, já foi enviado o parecer para todos os membros. O dirigente se recusou a oferecer detalhes, mas confirmou o ocorrido.

- Não quero dar a informação antes de chegar nos conselheiros, porque temos um acordo de cavalheiros para priorizá-los. Realmente houve a reprovação, mas não posso dar detalhes – disse Donin.

Procurado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, o vice de finanças do Vasco, Nelson Rocha, disse já ter lido o parecer do Conselho Fiscal e afirmou que a resposta será dada na reunião do Conselho Deliberativo, em data que ainda será marcada. Para ele, as irregularidades apontadas deveriam ser colocadas apenas como ressalvas no documento protocolado.

- A gente discorda frontalmente da posição do Conselho Fiscal, inclusive sob aspectos técnicos. Não tem cabimento a posição e vamos rebater isso no Conselho Deliberativo. O parecer, como o próprio nome já diz, é uma opinião do Conselho Fiscal, e a decisão é do Deliberativo. O Vasco foi eleito o clube de melhor gestão em 2011 por alguém totalmente independente (nota da redação: a eleição foi feita pela Pluri Consultoria). Como os caras vêm dizer um negócio desse? Eles botaram o problema do “O Vasco é Meu” (plano de sócios do clube). Vamos discutir? Tudo bem, põe em ressalva, diz que tem que ser alterado. Vamos discutir as ressalvas da Penalty (fornecedora de material esportivo) e do plano de sócios. É o tipo de coisa em que a forma fica mais importante do que o conteúdo. Nós vamos contestar – afirmou o dirigente.

Apesar de o Conselho Fiscal ser formado por três membros, sendo dois deles eleitos pela situação, Nelson Rocha disse que se trata de um poder independente, que não tem colaborado com as tentativas da diretoria de minimizar os erros nos balanços.

- Não tem situação e oposição. Eles foram eleitos pela situação, mas na realidade são independentes e fazem questão disso. A gente está montando inclusive uma auditoria interna. Nossa expectativa era que o Conselho Fiscal ajudasse a gente, mas é só crítica. Falam que estão sempre dispostos, mas tem essas coisas. A auditoria interna ajuda a minimizar problemas. Não temos problemas graves. As coisas deveriam ser colocadas como ressalvas. Essas pessoas infelizmente não estão preparadas. Toda contabilidade tem alguma falha, que, às vezes, nem o Conselho Fiscal pega porque é humanamente impossível. São 120 mil documentos, e alguma coisa de errado vai ter. O clube ainda tem uma cultura ultrapassada. Sinto muito, mas vamos ter que rechaçar estes pontos no Conselho Deliberativo. Não existe opinião verdadeira. Cada um tem a sua, e o Conselho Fiscal tem a deles. Acho que estão equivocados, errados e vamos debater. Quem fiscaliza o Fiscal? É uma opinião, tem peso, mas não significa que está certa – finalizou.

O presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Abílio Borges, também foi procurado, mas disse não ter o que comentar, já que ainda não recebeu o parecer do Conselho Fiscal, o que deve acontecer na próxima semana.

Se para Nelson Rocha a atitude do Conselho Fiscal é um equívoco, para o conselheiro e líder do movimento de oposição Cruzada Vascaína, Leonardo Gonçalves, a recomendação para que as contas sejam reprovadas é “um momento histórico” e “uma vitória dos vascaínos”.

- A gente já vinha acompanhando estes pareceres do Conselho Fiscal sobre a Torcedor Afinidade (empresa que gere o plano de sócios) e a Penalty há muito tempo. Pedíamos justamente uma reunião para discutir isso, e, se fosse o caso, acertar as coisas antes das contas, caso fosse realmente um problema de diferença de procedimentos. Nós temos certeza que não é pelo que temos de notícias de dentro do Vasco. Ainda não posso falar sobre o que não li, mas acho que é um momento histórico do Vasco. Não tem vitória nenhuma da oposição. É uma vitória dos vascaínos – declarou.

Leonardo Gonçalves disse ainda que a posição do Conselho Fiscal tinha de ser motivo de orgulho para o Conselho Deliberativo e pode servir de lição para os gestores do clube.

- Os conselheiros devem ficar orgulhosos com a atuação do Conselho Fiscal. Agora os vice-presidentes atuais e futuros vão pensar duas vezes antes de dirigir o clube ao bel-prazer deles. O que víamos antigamente era a gestão guardada às traças, as dívidas aumentando a cada balanço e os conselhos aprovando. Pela primeira vez o Conselho Fiscal se despiu da posição politica e deu um basta no que estava acontecendo. Quero que os gestores atuais e do futuro do clube reflitam – concluiu.O Conselho Fiscal do Vasco recomendou ao Conselho Deliberativo a reprovação das contas de 2011, por unanimidade, alegando irregularidades no balanço apresentado. Agora, os 300 membros do Deliberativo farão uma reunião para definir a aprovação ou não. Em 2009 e 2010, a recomendação foi a mesma, mas não impediu que os balanços fossem aprovados.

De acordo com o presidente do Conselho Fiscal do clube, Hélio Donin, já foi enviado o parecer para todos os membros. O dirigente se recusou a oferecer detalhes, mas confirmou o ocorrido.

- Não quero dar a informação antes de chegar nos conselheiros, porque temos um acordo de cavalheiros para priorizá-los. Realmente houve a reprovação, mas não posso dar detalhes – disse Donin.

Procurado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM, o vice de finanças do Vasco, Nelson Rocha, disse já ter lido o parecer do Conselho Fiscal e afirmou que a resposta será dada na reunião do Conselho Deliberativo, em data que ainda será marcada. Para ele, as irregularidades apontadas deveriam ser colocadas apenas como ressalvas no documento protocolado.

- A gente discorda frontalmente da posição do Conselho Fiscal, inclusive sob aspectos técnicos. Não tem cabimento a posição e vamos rebater isso no Conselho Deliberativo. O parecer, como o próprio nome já diz, é uma opinião do Conselho Fiscal, e a decisão é do Deliberativo. O Vasco foi eleito o clube de melhor gestão em 2011 por alguém totalmente independente (nota da redação: a eleição foi feita pela Pluri Consultoria). Como os caras vêm dizer um negócio desse? Eles botaram o problema do “O Vasco é Meu” (plano de sócios do clube). Vamos discutir? Tudo bem, põe em ressalva, diz que tem que ser alterado. Vamos discutir as ressalvas da Penalty (fornecedora de material esportivo) e do plano de sócios. É o tipo de coisa em que a forma fica mais importante do que o conteúdo. Nós vamos contestar – afirmou o dirigente.

Apesar de o Conselho Fiscal ser formado por três membros, sendo dois deles eleitos pela situação, Nelson Rocha disse que se trata de um poder independente, que não tem colaborado com as tentativas da diretoria de minimizar os erros nos balanços.

- Não tem situação e oposição. Eles foram eleitos pela situação, mas na realidade são independentes e fazem questão disso. A gente está montando inclusive uma auditoria interna. Nossa expectativa era que o Conselho Fiscal ajudasse a gente, mas é só crítica. Falam que estão sempre dispostos, mas tem essas coisas. A auditoria interna ajuda a minimizar problemas. Não temos problemas graves. As coisas deveriam ser colocadas como ressalvas. Essas pessoas infelizmente não estão preparadas. Toda contabilidade tem alguma falha, que, às vezes, nem o Conselho Fiscal pega porque é humanamente impossível. São 120 mil documentos, e alguma coisa de errado vai ter. O clube ainda tem uma cultura ultrapassada. Sinto muito, mas vamos ter que rechaçar estes pontos no Conselho Deliberativo. Não existe opinião verdadeira. Cada um tem a sua, e o Conselho Fiscal tem a deles. Acho que estão equivocados, errados e vamos debater. Quem fiscaliza o Fiscal? É uma opinião, tem peso, mas não significa que está certa – finalizou.

O presidente do Conselho Deliberativo do Vasco, Abílio Borges, também foi procurado, mas disse não ter o que comentar, já que ainda não recebeu o parecer do Conselho Fiscal, o que deve acontecer na próxima semana.

Se para Nelson Rocha a atitude do Conselho Fiscal é um equívoco, para o conselheiro e líder do movimento de oposição Cruzada Vascaína, Leonardo Gonçalves, a recomendação para que as contas sejam reprovadas é “um momento histórico” e “uma vitória dos vascaínos”.

- A gente já vinha acompanhando estes pareceres do Conselho Fiscal sobre a Torcedor Afinidade (empresa que gere o plano de sócios) e a Penalty há muito tempo. Pedíamos justamente uma reunião para discutir isso, e, se fosse o caso, acertar as coisas antes das contas, caso fosse realmente um problema de diferença de procedimentos. Nós temos certeza que não é pelo que temos de notícias de dentro do Vasco. Ainda não posso falar sobre o que não li, mas acho que é um momento histórico do Vasco. Não tem vitória nenhuma da oposição. É uma vitória dos vascaínos – declarou.

Leonardo Gonçalves disse ainda que a posição do Conselho Fiscal tinha de ser motivo de orgulho para o Conselho Deliberativo e pode servir de lição para os gestores do clube.

- Os conselheiros devem ficar orgulhosos com a atuação do Conselho Fiscal. Agora os vice-presidentes atuais e futuros vão pensar duas vezes antes de dirigir o clube ao bel-prazer deles. O que víamos antigamente era a gestão guardada às traças, as dívidas aumentando a cada balanço e os conselhos aprovando. Pela primeira vez o Conselho Fiscal se despiu da posição politica e deu um basta no que estava acontecendo. Quero que os gestores atuais e do futuro do clube reflitam – concluiu.

Fonte: GloboEsporte.com