Rouxinol e Vicençote comentam ação da Justiça sobre base do Vasco

Quinta-feira, 19/04/2012 - 16:41

Com os autos do processo sobre as condições precárias das categorias de base, que está no Tribunal de Justiça, em mãos, o Vasco começará na sexta-feira a traçar sua defesa. Na quarta-feira, a Justiça aceitou pedido do Ministério Público e determinou a interdição e suspensão das atividades do CT de Itaguaí, onde em fevereiro Wendel Venâncio da Silva, 14 anos, morreu durante uma peneira. Além de proibir a utilização do ônibus que transporta os jovens; interditar o refeitório de São Januário e exigir adequação do alojamento do clube em 30 dias. Caso não cumpra, terá de pagar multa diária de R$ 30 mil.

— Recebi os autos hoje e estou analisando, só a partir de amanhã poderei ter opinião formada sobre o caso — disse o vice-presidente jurídico do clube, Aníbal Rouxinol.

Proprietário dos campos em Itaguaí há 10 anos, o empresário Pedrinho Vicençote nega que o local tenha sido utilizado como centro de treinamento pelo Vasco. Segundo ele, o clube usa apenas os campos durante os treinos da base.

No início do ano, o clube assinou contrato de aluguel de dois anos para a ultilização da propriedade. Antes, havia um acordo em que o empresário tinha participação na venda dos jogadores da base.

— As responsabilidades por causa daquela fatalidade ainda estão sendo apuradas. O Vasco não usa Itaguaí como centro de treinamento. Nunca foi usado como alojamento, apenas os campos — afirmou o empresário, acrescentando que o clube tem feito obras no local para se adequar. — As reformas já estão em andamento, bem adiantadas. Nos quartos, no refeitório, no departamento médico.

No dia 9 de fevereiro, o menino Wendel morreu durante testes em Itaguaí. Vindo de São João Nepomuceno, Minas Gerais, ele tentava vaga na base do Vasco e passou mal no segundo dia de treinamento. O inquérito policial ainda não foi concluído. A delegacia de Itaguaí (50ª DP) aguarda o laudo cadavérico do IML para saber a causa da morte do jovem. A expectativa era de tê-lo em mãos duas semanas depois do caso ser aberto. No entanto, passaram-se mais de dois meses e não há qualquer prazo. A polícia também aguarda o depoimento dos pais.

Fonte: O Globo online