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Há uma semana, o garoto Bernardo perdia a cabeça ao disputar uma bola com o argentino Chaparro no treino. Ontem, ele deixou os vascaínos no estádio sem respiração ao desempatar a partida no apagar das luzes no Engenhão. Chorando muito desde que encheu o pé direito e fez o gol da vitória, Bernardo lembrou de Juninho contra o Palmeiras, há 11 anos, em outra partida fantástica que entrou para a história do clube.

— Sempre sonhei passar por isso. Há 11 anos, lembro de ver a imagem do Juninho no Palestra Itália (o meia vascaíno socava o peito em direção à torcida na virada de 4 a 3 na final da Mercosul). Sempre disse para o meu pai que um dia eu ia ter um momento desses. E foi hoje. Minha avó, que já está no céu, sempre dizia que eu era iluminado — lembrou o garoto, de 20 anos.

Força do prazer

Mesmo extasiado e já pensando na partida contra o Universidad de Chile, nesta quarta-feira, pela Copa Sul-Americana, o técnico Cristóvão disse que o gás do time não tem limite. Para ele, as emoções sem fim só energizam mais o time em busca dos dois títulos do fim da temporada de 2011.

— A união desse grupo nos fortalece, nos faz realizar partidas como essa. Essa força toda vem do prazer dessas realizações — disse o treinador vascaíno.

Como tem dito com frequência, Cristóvão lembrou que o momento do Vasco acaba unindo até quem não torce para o time carioca.

— Temos consciência de que isso que estamos fazendo é uma contribuição para além da torcida do Vasco. É para o futebol também. A gente tem recebido mensagens de pessoas que não torcem para o Vasco e que tem o prazer de ver nosso time jogar — afirmou o técnico.

A cena curiosa da partida foi que, quando saiu o gol do Corinthians, Juninho precisou ir até a beira do campo informar o placar. Em seguida, entrou Alecsandro. E tudo mudou.

Fonte: Extra Online