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Coordenador da base, sobre denúncias: 'Coisa orquestrada e direcionada'


Terça-feira, 15/11/2011 - 21:41

Em participação no programa de rádio "Só Dá Vasco" da última segunda-feira (14/11), o gerente das divisões de base do Vasco, Humberto Rocha, falou sobre as recentes denúncias envolvendo as categorias de base do clube:

DENÚNCIAS SOBRE AS DIVISÕES DE BASE DO VASCO

"Eu acredito que a base do Vasco anda muito bem, talvez o motivo desses comentários. Por quê? Há algum tempo que a base do Vasco já não estava se estruturando tão bem, já não vinha se estruturando. O nosso trabalho ainda estava começando e você não ouvia falar nada. Mas com o nosso êxito, parece que isso anda incomodando algumas pessoas. É interessante que no momento que, de cinco categorias, você está muito bem em quatro, vem vindo bem, onde existe a expectativa de nós termos, nos próximos cinco, dez anos, jogadores formados em casa, aquilo que o vascaíno gosta, com sentimentos, toda aquela situação de jogar e crescer pelo Vasco, parece que a coisa agora começa a desandar. Se você perceber, é uma coisa muito interessante. Quando começa a dar certo, começam a haver alguns, não vou dizer escândalos, mas algumas pessoas querendo que a coisa desestabilize. É uma coisa muito interessante. O vascaíno verdadeiro tem que prestar muito atenção porque isso não é de graça, não é à toa. Se você prestar bem atenção, nos últimos anos, todos os nossos concorrentes, no Rio de Janeiro, principalmente, se desfizeram de jogador da base. O Vasco está procurando mantê-lo. Isso não deve agradar a alguns e outros porque você sabe que o futebol é um negócio. Só que para nós, que somos formadores, queremos é que o jogador jogue no Vasco, não que saia cedo do clube. Nós hoje temos categorias 92, 93, principalmente 94, 95 e 96. A categoria 96, de 15 anos, que é a Infantil, é uma categoria onde nós conseguimos juntar de seis a sete jogadores de Seleção Brasileira, convocados. Provavelmente essa categoria é falada no Brasil inteiro. Matheus Índio, que é criado desde os 5 anos de idade. Nós conseguimos trazer agora o Danilo, que também é um meio-de-campo da Seleção. O Baiano, o Mosquito. Para você ver, a Seleção Brasileira Sub-15, todo meio-de-campo é do Vasco - é inédito, que é o Baiano, o Danilo e o Matheus Índio. O ataque tem o Mosquito e na lateral direita nós temos o Foguete. O Juninho, o goleiro, dessa vez não foi, mas foi em outras convocações. É muito importante que o vascaíno verdadeiro preste atenção nesse tipo de coisa que está acontecendo, a ideia de desestabilizar para que possa conquistar. É aquela coisa de 'Vamos fragilizar para que nós possamos conquistar'. É muito importante isso, que o vascaíno verdadeiro preste atenção no que está acontecendo. Até há pouco tempo, quando a base do Vasco não estava tão bem e que não iam despontar tantos jogadores, não havia esses comentários. De repente começou-se uma campanha em massa contra a base do Vasco, e o pior, com mentiras deslavadas e sem nenhum tipo de compromisso ou de prova. Você agredir, fazer ofensa, falar as coisas é muito fácil, mas tem que provar. Não existe prova nenhuma. Existe um levianismo muito grande contra as pessoas da base. Mas a ideia é sempre essa, não é à toa. Se nós não estivéssemos muito bem, não teríamos tantas pessoas interessadas em criar escândalos."

IDA DO LATERAL-DIREITO YAGO PARA O FLAMENGO

"O Yago foi um atleta criado no Vasco. Foi um jogador que teve todas as chances possíveis, jogando algumas vezes e outras vezes não. Mas as pessoas têm que entender que nós precisamos experimentar todos os jogadores. Na base, você ter um titular absoluto, um super craque ainda é uma coisa muito perigosa. Nós temos que observar outros jogadores. O Yago teve a oportunidade dele de jogar. O treinador achou interessante mantê-lo na reserva para que ele visse um outro atleta. O Yago, não satisfeito, se achando desprestigiado, pediu a sua liberação. A comissão técnica entendeu que dificilmente ele teria chance nos profissionais do Vasco e acabou liberando, até por tudo que ele vinha investindo nesses anos todos. Se ele resolver ir para um outro clube, não nos cabe. A nossa responsabilidade é enquanto ele é atleta do Vasco."

SAÍDA DE JOGADORES

"As pessoas também não sabem, mas nós estamos no Vasco. Os atletas são do Vasco da Gama. O nosso trabalho é formá-los e prepará-los para o profissional. Quando um atleta solicita a liberação - devo dizer que foram muito poucos ou praticamente nenhum, dentro desse tempo que nós lá estamos -, é feito um consenso, conversado com a comissão técnica. A gente viasualiza, viabiliza para ver se esse atleta vai ter futuro nos profissionais do Vasco da Gama ou se nós podemos fazer algum tipo de coisa, algum empréstimo para que ele possa pegar mais experiência e depois possa retornar. Por fim, se nós acharmos que essas coisas não vão ser possíveis, se ele já estiver no fim do seu contrato, como o atleta Yago já tinha, a gente procura liberar para que o rapaz possa seguir a vida dele. Agora, devo dizer que isso é comum em todos os clubes. É interessante que isso só tenha saído do Vasco da Gama. Todos os clubes liberam atletas em todos os momentos, mas só no Vasco da Gama que houve esse escândalo. Isso é uma coisa orquestrada e direcionada."

Fonte: NETVASCO (transcrição)