AGE do Vasco pode acabar na Justiça; 'Não podem ser votações separadas', afirma Roberto Monteiro
Sexta-feira, 31/07/2020 - 18:19
O cenário do impasse já está armado. Com interpretações diferentes do que a Assembleia Geral Extraordinária do Vasco, marcada para o dia 25, deverá votar, o presidente da Assembleia Geral, Faues Mussa, e o presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, entram em rota de colisão que pode culminar na judicialização da reunião.

Nesta sexta-feira, Mussa comunicou a realização da Assembleia Geral Extraordinária. O ponto de divergência é o seguinte: na pauta, abriu duas votações, a da Reforma do Estatuto e a da Eleição Direta da Diretoria Administrativa.

Aliados do presidente da Assembleia Geral defendem que a realização de duas votações separadas é legitima por se basear na convocação do presidente do Conselho Deliberativo, Roberto Monteiro, que separou os pontos em documento do dia 29 de novembro, dando início às discussões sobre as mudanças.

Existe o entendimento por parte de algumas correntes políticas do Vasco de que o novo estatuto, ainda que contemple a eleição direta, não vale a pena ser aprovado. E separação das pautas, feita por Faues Mussa, surge como alternativa para reprovar o novo texto e garantir o fim da eleição passando pelo Conselho Deliberativo.

Entretanto, Roberto Monteiro, presidente do Conselho Deliberativo, discorda dessa separação. Ele afirma que a separação em duas votações fere o Estatuto do Vasco. Segundo ele, o presidente da Assembleia Geral estaria fugindo de suas atribuições estatutárias.

— Não podem ser votações separadas. Veja a ata e o Estatuto, artigo 74. A proposta do Conselho Deliberativo é a reforma e não a eleição direta separada — explicou.

Uma hora antes do comunicado de Faues Mussa, Monteiro enviou e-mail ao presidente da Assembleia Geral, afirmando que a proposta do Conselho Deliberativo era apenas a da reforma do estatuto.

Depois do comunicado, caberá a Mussa a convocação da Assembleia Geral Extraordinária com dez dias de antecedência em relação ao dia da votação. A tendência é de que mantenha as votações separadas e o impasse continue, podendo ser resolvido apenas na Justiça.



Fonte: O Globo Online