Após ficar em 7º lugar na Taça Guanabara, Vasco estreia na Taça Rio, da qual é o maior campeão
Sábado, 29/02/2020 - 11:58
Cada vez menos pessoas resistem à ideia de que o Campeonato Estadual não tem a mesma relevância de antes, mas se o presente é pouco atrativo, o passado é rico e merece ser respeitado. O Vasco inicia neste sábado, contra o Resende, às 19h, em Volta Redonda, sua caminhada na Taça Rio com ao menos cinco jogos para evitar que a campanha atual seja a segunda pior de sua história na competição.

Atualmente, o Vasco é o sétimo colocado na classificação geral da Ferj, que conta apenas com os jogos da fase de grupos da Taça Guanabara. Foram sete pontos de 18 possíveis. O Fluminense foi quem mais pontuou: 15.

Com 24 títulos estaduais em 99 participações, o Vasco tem apenas uma campanha pior do que a atual: a de 2006, quando terminou a competição em nono lugar, sem disputar semifinais de Taça Guanabara e Taça Rio. Esse ano, o time comandado por Abel Braga já ficou fora da fase decisiva do primeiro turno. O segundo começa hoje oferecendo a chance de uma retomada.

Além do histórico no Campeonato Estadual, o Vasco pega o Resende com o retrospecto na Taça Rio também em jogo. De todos os troféus que disputa contra seus maiores rivais, é o único em que o cruz-maltino é soberano, com dez conquistas, contra nove do Flamengo.

Depois de escalar reservas em algumas partidas da Taça Guanabara, com a alegação de estar poupando jogadores neste começo de temporada, Abel Braga deve ao menos começar a Taça Rio com o que tem de melhor em campo. Foram dez dias para descansar e treinar a equipe para a partida em Volta Redonda, e serão mais quatro livres até o jogo contra o ABC, quinta-feira, pela Copa do Brasil. Nada melhor do que botar a força máxima hoje como um ensaio geral para a partida no Maracanã, onde terá de vencer para seguir adiante na competição de mata-mata.

Duas mudanças importantes podem acontecer na formação principal. Uma delas por opção. Fredy Guarín pode ser titular contra o Resende, seu primeiro jogo em 2020. Neste caso, Marcos Júnior seria barrado. Com o colombiano, a equipe perde presença na área e intensidade na marcação, mas ganha qualidade no passe e nas finalizações.

Silêncio segue

A outra alteração é forçada. Talles fraturou o quinto metatarso do pé esquerdo e ficará fora da equipe por três meses. Vinícius é cotado para entrar na equipe no lugar do camisa 11, mudando também o posicionamento de Marrony na frente. Lucas Ribamar corre por fora, opção que deixaria o ataque vascaíno mais forte fisicamente e com mais presença de área, em detrimento de velocidade na transição da defesa para o setor ofensivo.

Como os jogadores encaram a responsabilidade colocarem o Vasco em um posição melhor no Estadual e as mudanças que acontecem no elenco — vale lembrar que agora ele está reforçado do atacante argentino Martín Benítez —, só sabe quem conversa com eles longe das câmeras e dos microfones. Diante da imprensa, a ordem do elenco é de silêncio total desde o último dia 20, em protesto pelos salários atrasados que se acumulam sobre a diretoria.

A tendência é que não se manifestem nem diante dos veículos de comunicação do clube, como a Vasco TV e o site oficial, para pressionar o presidente Alexandre Campello a quitar a dívida.

Fonte: Extra Online