Raul fala sobre passeio ao Centro de Tradições Nordestinas e revela: 'O clube do meu coração na infância era o Vasco'
Sábado, 31/08/2019 - 13:22
Atravessando um excelente momento na Colina Histórica, Raul foi o segundo personagem do "Rolé no Rio", quadro criado pela VascoTV com o intuito apresentar aos jogadores que nasceram fora do Rio de Janeiro algum ponto turístico da Cidade Maravilhosa. E o lugar escolhido para realizar a gravação com o camisa 31 não poderia deixar de ser o Centro de Tradições Nordestinas, a popular Feira de São Cristóvão, onde a entrada principal homenageia ninguém mais, niguém que menos que Luiz Gonzaga, o eterno Rei do Baião.

- É a primeira vez que venho aqui. Sempre fui louco para conhecer. O que sempre passaram para mim é que a cultura nordestina está toda aqui dentro. Fiquei muito feliz e não pensei duas vezes quando recebi o convite. O Luiz Gonzaga é uma estrela, o Rei do Baião, como um ídolo para todos os nordestinos. Escolheram o personagem perfeito para colocar na entrada, pois ele representa bem o que é o Nordeste, foi uma pessoa que sempre lutou pelo reconhecimento da região - afirmou o cearense Raul, ao lado da estátua de uma das mais importantes figuras da música popular brasileira.

Logo após ultrapassar as roletas de acesso ao Centro de Tradições Nordestinas, que funciona de terça até domingo a partir das 10 horas, Raul deu de cara com cantor e compositor Carlos Botelho, o Marabá, ex-diretor cultural do espaço e torcedor vascaíno. O bate-papo foi sobre música, mas abordou também o início da trajetória do líder em desarmes do Gigante da Colina na temporada. O volante, inclusive, revelou durante a conversa que a paixão pela cruz de malta vem da família e que a adquiriu ainda na infância.

- Meu sonho de criança era ser jogador, e sempre me imaginava passando na TV quando assistia os jogos lá na minha cidade. O clube do meu coração na infância era o Vasco, até porque grande parte minha família é vascaína, então estar aqui hoje é uma realização, um sonho. Ter a chance de jogar em São Januário é algo incrível, pois sempre quis conhecer o estádio. A vida é cheia de sonhos, desafios, e fico feliz por ter a chance de correr atrás dos meus objetivos. Sou um cara feliz e agradecido a Deus por tudo que tem acontecido na minha vida - disse o camisa 31 vascaíno.

Parado diversas vezes por fãs para fotos e autógrafos durante o passeio, Raul recebeu o carinho de comerciantes, tendo assim a oportunidade de matar a saudade de itens tradicionais da culinária nordestina, como castanha e a rapadura, doce feito a partir da cana-de-açúcar. Foi no Museu da Feira, porém, que o volante se sentiu ainda mais próximo do Ceará. Além de uma maquete que aborda o dia a dia do interior do Nordeste e a história da região, com direito a estátuas de Lampião e Maria Bonita, o espaço também destaca Padre Cícero, maior ícone religioso dos nordestinos.

- O pessoal lá do Ceará é muito devoto de Padre Cícero, mas ele não é o único. Em todas as comunidades, em cada vila, tem um santo que o povo admira. Eu vejo que precisamos estar sempre muito próximos e apegados a Deus. O mundo que vivemos hoje está muito perigoso, e corremos risco em tudo que vamos fazer. Ano passado tive a chance de conhecer o Santuário do Padre Cícero e foi muito bacana, pois fiquei sabendo de muitos relatos de pessoas que superaram problemas por conta da fé - declarou o volante vascaíno.

Como não poderia ser diferente, antes do "Rolé no Rio" chegar ao fim e pegar a estrada rumo ao treino, o camisa 31 foi saborear um "Baião de Dois", prato típico do Nordeste que é preparado com a mistura de arroz e feijão. E para visita se tornar inesquecível e a experiência ainda mais perfeita para Raul, a refeição não poderia ter sido feita em outro lugar que não fosse a Barraca da Chiquita, restaurante mais tradicional da Feira que pertence a dois conterrâneos do volante e completa 40 anos de fundação neste ano de 2019.

A recepção ao craque do Gigante da Colina foi em grande estilo, com muito forró e alegria, como a manda a cartilha de uma boa festa nordestina. O som ficou sob responsabilidade do músico pernambucano Keu Dantas, que mostrou todo o seu talento ao tocar o hino cruzmaltino na sanfona. A empresária cearense Francisca Alda, a Chiquita, dona da Barraca, fez Raul deixar a timidez de lado, o puxou para dançar um autêntico forró pé de serra e o fez ajudar no preparo de uma Paçoca de Pilão, feita com carne de sol desfiada e farinha de mandioca.

- Não tenho nem palavras para agradecer pela recepção que tive aqui. Foi muito legal fazer essa visita aqui. Vou voltar em breve com minha esposa e meu filho. O cara é craque na sanfona, toca tudo, fiquei surpreso quando ouvi o hino, pois sei que não é muito fácil tocar ele (risos). A comida aqui também é boa demais, não tenho do que reclamar. Deu para matar a saudade lá do Ceará - finalizou o líder em desarmes do Almirante na temporada.

O Centro de Tradições Nordestinas é um pavilhão localizado no bairro de São Cristóvão é o mais importante pólo de cultura nordestina no Rio de Janeiro. O local oferece ao visitante tudo que a região dispõe, exibindo, nas suas quase setecentas barracas, sua riqueza tradicional e proporcionando, ainda, a animação característica através dos mais variados ritmos musicais da terrinha: forró, xote, baião, xaxado, repente, embolada, martelo, arrastapé, maracatu e outros sons bem genuínos. A Feira funciona de terça à quinta das 10h às 18h e finais de semana das 10h de sexta às 20h de domingo.

A Barraca da Chiquita é hoje uma das principais referências da Tradição Nordestina no Estado do Rio de Janeiro. Criada em 1979 pelos cearenses Francisca e Raimundo, o restaurante integra o Pavilhão de São Cristóvão desde sua inauguração, em 2003, e se destaca por enaltecer a Cultura Nordestina de Raiz, através da comida e da música. A Barraca da Chiquita comemora 40 anos em 2019 e possui outras duas filiais, uma na Zona Sul da Cidade Maravilhosa, em Copacabana, e outra em Niterói. Acesse o Site Oficial do restaurante para obter informações sobre os horários de funcionamento.





Fonte: Site oficial do Vasco