Ídolos do Vasco
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ABEL

Veio do Fluminense para o Vasco com fama de grosso, porém em pouco tempo conquistou a torcida pela garra e amor a camisa que demonstrava a cada jogo. E a fama de grosso era injusta: Abel era alto e forte, um pouco desajeitado na corrida, mas sabia sair jogando. Seu forte era o jogo aéreo e um excelente senso de cobertura dos laterais. Sob a sua liderança, o setor defensivo da equipe sofreu apenas 4 gols durante o campeonato carioca de 1977, tendo passado o segundo turno inteiro sem tomar um gol sequer. No Vasco, teve o melhor momento da sua carreira e foi convocado algumas vezes para a seleção brasileira. Foi reserva da seleção na Copa de 1978.

 

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ACÁCIO

Se projetou como goleiro do Serrano, de Petrópolis, devido a destacadas atuações contra os times grandes do Rio. Em especial, Acácio fechou o gol numa partida memorável em que o Serrano venceu o Flamengo no segundo turno do campeonato carioca de 1980, acabando com as esperanças daquele clube na competição. Muito seguro e dono de um excelente porte físico para a posição de goleiro, Acácio foi contratado para a reserva de Mazaropi e efetivado como titular nos jogos decisivos do campeonato carioca de 1982, que o Vasco conquistou. Foi o dono absoluto do arco do Vasco durante nove anos praticamente ininterruptos, com exceção do ano de 1984, quando fez revezamento com Roberto Costa. Entre 1988 e 1990 foi convocado várias vezes para a seleção brasileira, inclusive para a Copa de 1990, sempre como reserva, infelizmente, nunca tendo sido testado como titular. No Vasco, porém, teve sempre atuações notáveis, principalmente nos títulos conquistados na década de 80.

 

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ADEMIR

Veio do Sport Club Recife ainda muito jovem, depois de impressionar a plateia carioca quando, em amistosos no início de 1942, o Sport venceu sucessivamente a Flamengo e Vasco. Com 301 gols em 429 partidas, o "Queixada" tornou-se o maior ídolo e artilheiro da história do Vasco, até o surgimento de Roberto.

Ademir foi titular absoluto da seleção brasileira, onde ocupava a posição de centroavante, tendo sido o artilheiro da Copa do Mundo de 1950, com nove gols. Pela seleção, marcou 35 gols em 41 partidas, com uma das melhores médias de todos os tempos.

Ademir era insuperável nas arrancadas com a bola sob controle (chamadas, na época, de "rush") e capaz de concluir com um ou outro pé com grande precisão, raramente perdendo gols em lances de área. Chutava sem tomar distância da bola, sem mudar o passo, surpreendendo muitas vezes aos goleiros. Toda uma equipe jogava para ele. Os lançamentos eram feitos longos para aproveitar-lhe a corrida, e no Vasco ele teve lançadores fenomenais a alimentá-lo, como Ipojucan e Danilo. Diz-se que com Ademir foi inventada a posição de ponta-de-lança, obrigando técnicos a adotarem novos sistemas para tentar contê-lo.

O período de Ademir no Vasco foi interrompido brevemente quando, em 1946, o técnico do Fluminense Gentil Cardoso exigiu que o clube o contratasse. Ficou famosa a sua frase "Deem-me Ademir que eu lhes darei o campeonato", o que efetivamente aconteceu. Mas no início de 1948, Ademir foi contratado de volta pelo Vasco, onde foi o principal goleador das conquistas do lendário Expresso da Vitória, tendo inclusive marcado ambos os gols da vitória por 2 a 1 sobre o América na final do primeiro campeonato carioca disputado no Maracanã, em 1950. Ademir foi artilheiro do campeonato carioca duas vezes seguidas, em 1949 e 1950, anos em que o Vasco conquistou o bicampeonato. Era também conhecido como o carrasco do Flamengo, no qual quase sempre marcava gols, sendo um dos mais marcantes o da vitória por 1 a 0 na reta final do campeonato de 1952, que deixou o Vasco com a mão na taça, faltando cinco rodadas.

Mais sobre este grande ídolo pode ser encontrado na Página de Ademir Menezes.

 

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ALMIR

O Pernambuquinho veio para o Vasco seguindo a trilha dos seus conterrâneos Ademir e Vavá. Foi um sucesso ao ser lançado na equipe principal durante o campeonato carioca de 1957, do qual foi considerado a revelação, e foi figura fundamental nos títulos do torneio Rio-São Paulo e do campeonato carioca de 1958. Sua raça, valentia e espírito de luta eram contagiantes e empolgavam a torcida, e seus dotes técnicos não ficavam atrás. Caso Pelé não tivesse se recuperado a tempo de uma contusão para a Copa de 1958, Almir era o jogador mais cotado para ser convocado para a sua vaga. Porém, no ano seguinte, Almir foi convocado para a seleção que disputou o Campeonato Sul-Americano em Buenos Aires. Foi quando começou a adquirir o rótulo de brigão e violento. Primeiro, foi o pivô de um enorme sururu no jogo Brasil 3x1 Uruguai, no Sul-Americano. Cinco meses depois, numa partida contra o América, houve um lance de bola dividida com o jogador Hélio, que saiu com a perna fraturada e nunca mais voltou a jogar. Apesar disso, a categoria de Almir era incontestável, chegando inclusive a ser denominado "Pelé Branco". Finalmente, no início de 1960, o Vasco teve que o liberar mediante uma proposta irrecusável por parte do Corinthians.

No restante de sua carreira, Almir passou por vários clubes e continuou a exibir não só a sua categoria e raça, como também a justificar o seu novo apelido de "Rei da Catimba", recebido por ter sido protagonista da maior briga que já houve no campo do Maracanã, durante a final do campeonato carioca de 1966, quando o Bangu derrotou por 3x0 o Flamengo, clube onde jogava na ocasião. Alguns anos depois de ter abandonado o futebol, Almir morreu assassinado em 1973, numa briga de bar em Copacabana.

 

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ANDRADA

Será sempre lembrado por ter tomado o milésimo gol de Pelé, o que é uma injustiça, pois se estará ignorando a notável passagem do grande goleiro argentino pelo Vasco. Várias vezes Andrada salvou vitórias e empates, com defesas inacreditáveis que evidenciavam a sua elasticidade, colocação e reflexos. Também era perfeito na reposição de bola. Teve participação destacada nas conquistas dos campeonatos carioca de 1970 e brasileiro de 1974. Era uma tradição da torcida gritar o seu nome antes das partidas, durante o aquecimento dos jogadores no gramado.

 

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AUGUSTO

Augusto era soldado da Policia Especial do Exército, e começou no futebol no São Cristovão, onde era um zagueiro com grande espírito de equipe e uma capacidade de liderança acima do comum. Não demorou a chegar ao Vasco, onde tornou-se um capitão que se fez respeitar inteiramente, fosse representando o Vasco, fosse na seleção. Nesta, foi titular e capitão de 1948 a 1950, inclusive durante a Copa América conquistada pelo Brasil em 1949 e a Copa de 1950. Costumava jogar sem espalhafato, até o momento em que o time tinha que resolver a parada no grito. Então virava bicho e levava o time a frente, falando grosso e na hora.