Netvasco
Clube
Notícias
Futebol
Esportes
História
Torcidas
Mídia
Interativo
Multimídia
Download
Miscelânea
Especial

Busca pesquisar

Celular
FAQ
Orkut
RSS
Twitter
Chat
Vídeos

NETVASCO - 30/03/2010 - TER - 10:56 - Phillipe Coutinho reencontra treinador e lembra do início da carreira

Principal revelação do Vasco nos últimos tempos, Philippe Coutinho sempre foi considerado um prodígio no bairro onde nasceu, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Desde os tempos em que iniciou a carreira na quadra de sua vila, no Rocha, ou no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, próximo de sua casa, o garoto já mostrava que tinha futuro com a bola nos pés. Agora, aos 17 anos, o apoiador é um dos destaques do Gigante da Colina na temporada 2010.

Mas nem tudo foi fácil na vida de Coutinho, que já está negociado com o Inter de Milão desde 2008. Até chamar a atenção dos italianos, o apoiador precisou ultrapassar todos os percalços de que um garoto necessita para atingir o sucesso. E a carreira do menino prodígio vascaíno começou graças à criação da categoria chupetinha no clube do Exército. Naquela ocasião, Gilberto Guará, hoje com 64 anos, foi o responsável por criar a escolinha para a garotada entre quatro e seis anos.

- Foi onde começou tudo. Os meus pais me traziam para cá. Quando faziam os campeonatos, eu lembro que a família toda aparecia para torcer e era muito bacana. Lembro do Guará, que estava aqui desde o começo. Sou grato ao clube porque foi o meu primeiro. Comecei a brincar de futebol, a me divertir, e foi depois disso aqui que as coisas ficaram mais sérias – contou Coutinho.

No bate-papo acompanhado de Guará, Coutinho fez uma revelação curiosa de quando jogava futsal com cinco anos de idade.

- Eu não sabia jogar bola direito – revelou.

E o garoto evoluiu. Aos sete anos, Coutinho deixou o clube próximo de casa e foi se aventurar na Mangueira. Na verde e rosa, ele disputou o Campeonato Carioca de futsal e chamou a atenção dos olheiros vascaínos. A partir daí, a ida para o campo foi rápida. Após arrebentar em uma partida nas quadras de São Januário, ele encantou o ex-jogador José Roberto, o Zeíca, de 52 anos.

- Todo mundo no Vasco dizia que tinha um atleta diferenciado no futsal. Fui lá ver uma partida do Coutinho, e ele marcou seis gols. Automaticamente, eu trouxe o atleta para o campo. Tirei um pouco dos defeitos dele. Prendia demais a bola, e sempre que fazia isso eu apitava e parava o lance. Esse rapaz me dá um orgulho muito grande. O Coutinho é como um filho para mim. Veio para vencer – contou Zeíca, que foi campeão da Taça de Bronze defendendo o Olaria, em 1981.

Apelidado carinhosamente por Coutinho de Amaral (ex-jogador do Vasco, em 2000), Zeíca se emocionou ao relembrar um jogo decidido por seu pupilo no Carioca de 2005. Naquela ocasião, no infantil do Gigante da Colina, o apoiador marcou o gol que levou a equipe à final da competição.

- Estava no fim do jogo, eu olhei para o Willen e ele fez um sinal de que não dava. Olhei para o Coutinho, como se estivesse pedindo para ele resolver o jogo, e ele balançou a cabeça de forma positiva. O Coutinho foi lá e decidiu a partida – contou Zeíca.

Enquanto o responsável por levar Coutinho do salão para o campo lembrou de títulos na base vascaína, o garoto contou o que vai levar de Zeíca quando for para o Inter de Milão, provavelmente no fim de junho.

- A preleção dele sempre foi excelente. Nós entrávamos supermotivados após as conversas. Saíamos arrepiados das preleções e entrávamos com tudo nos jogos. O que ele me ensinou eu tenho guardado e vou levar sempre na minha carreira – contou o apoiador.

Ao relembrar as dificuldades do passado e o início de carreira, Coutinho esbarrou na incerteza do futuro. O garoto ainda não sabe se vai permanecer em São Januário até dezembro ou se terá que embarcar para a Europa. Até o momento, o Inter de Milão e seus empresários ainda não passaram nada de oficial. O que ele sabe mesmo é que o estilo apresentado no Maracanã, em São Januário ou no futuro em Milão foi moldado na quadra ao lado de casa e no clube do Exército.

- Eu brincava com os meus amigos, ia para cima, tentava driblar. Essa parte de brincar nas peladas ajuda muito. Você ganha confiança em um drible que dá, em uma jogada que faz. O meu estilo foi moldado lá e aqui, no salão. O esporte é primordial para cada jogador quando vai para o campo – afirmou Coutinho.

Confira as preferências de Coutinho:

Prato preferido: Macarrão com salsicha
Cantor: Revelação
Cantora: Ivete Sangalo
Filme: "Desafiando os gigantes"
Um lugar: A casa dos meus amigos, dos meus familiares
Uma viagem: Espanha, quando viajei com a seleção sub-17
Um amigo: Willen, Vitão, Washington e Souza
Um treinador: Zeíca
Ídolo: Kaká, Ronaldinho Gaúcho (futebol) e o meu pai


Carterinha de Philippe Coutinho no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército. Jogador fazia parte da equipe chupetinha, que tinha como coordenador Gilberto Guará



Guará, Coutinho e Zeíca se encontram no Clube dos Subtenente e Sargentos do Exército



Coutinho nos tempos da categoria fraldinha na Mangueira. De lá, o jogador foi convidado a jogar no Vasco



Após rápida passagem pela categoria fraldinha da Mangueira, Coutinho foi para o Vasco. E foi lá que o garoto chamou a atenção de Zeíca, que o convocou para atuar no gramado


Fonte: GloboEsporte.com

índice | envie por e-mail | espalhe

Anterior: 10:40 - Dinamite, sobre Abel: 'Vamos ver se esse sonho se torna realidade'
Próxima: 11:00 - Hoje, 3ª-feira, é dia de 'Só Dá Vasco'