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NETVASCO - 08/12/2008 - SEG - 10:56 - Ídolo polêmico e fora do comum, Edmundo se despede do Vasco

A partida contra o Vitória marcou a despedida de um dos maiores ídolos do Vasco de todos os tempos. Edmundo deixou o gramado de São Januário pela última vez envergando a camisa cruzmaltina ouvindo o grito “ah, é Edmundo” que simboliza a relação de amor entre a torcida do Gigante da Colina e ele.

Todo esse carinho, no entanto, reflete uma idolatria bastante fora do comum. Por muitas vezes, Edmundo deixou a torcida do Vasco decepcionada. Porém, em tantas outras, foi o responsável pela alegria dos fãs do clube.

Em seu início de carreira, revelado pelo Gigante da Colina, Edmundo foi um dos responsáveis pela conquista do título do Campeonato Carioca de 1992 e caiu de cara nas graças do torcedor cruzmaltino. Porém, no ano seguinte foi negociado com o Palmeiras.

O primeiro balde de água fria que o Animal deu nos fãs vascaínos foi em 1995. O atacante acertou sua transferência para o rival Flamengo, onde formaria o ataque com Romário e Sávio. Nesse mesmo ano, em um clássico envolvendo os dois times, Edmundo fez gestos obscenos voltado para as arquibancadas do Vasco.

Edmundo começaria a se redimir na temporada seguinte. Depois de uma pequena passagem pelo Corinthians, o Animal volta ao clube que o revelou. No primeiro encontro com o Flamengo, o artilheiro fez três gols, mostrando que o recente passado rubro-negro estva ficando para trás.

Em 1997, o ápice de sua carreira no Vasco. Edmundo marca 29 gols, se torna o maior artilheiro de uma só edição do Brasileirão com 29 gols e leva o Vasco à conquista do título. O Animal coloca de vez seu nome na história do clube.

No ano seguinte, o jogador deixou o Vasco para atuar na Itália. Porém, não demorou muito para voltar e, em 1999, já estava jogando de novo em São Januário. Nesse ano, Edmundo solidifica ainda mais sua condição de ídolo ao fazer dois gols em cima do Flamengo e ajudar o clube a conquistar a Taça Rio.

Porém, em 2000, por mais duas vezes, o Animal fez os torcedores cruzmaltinos ficarem com a sensação de revolta contra ele. No Mundial de clubes, após o 0 a 0 no tempo normal contra o Corinthians, Edmundo isolou sua cobrança de falta e decidiu o torneio a favor do time paulista. A consternação no Maracanã era total. No mesmo ano, após brigar com Romário e ficar irritado por ser o Baixinho a envergar a faixa de capitão, o artilheiro deixou o Vasco antes da final da Taça Rio-São Paulo contra o Palmeiras (o Verdão viria a ser o campeão do torneio).

No ano de 2001, Edmundo volta a jogar no estádio de São Januário, desta vez com a camisa do Cruzeiro. Apesar de ainda estar queimado com a torcida, o atacante é bem recebido. Antes do jogo, Edmundo disse que não gostaria de marcar no seu time de coração. Essa declaração acabou por ser sua carta de demissão. Durante a partida, a equipe mineira teve um pênalti a seu favor, que o Animal perdeu. Os gritos de “Ah, é Edmundo” explodiram na Colina. Porém, o presidente da Raposa não gostou nem um pouco do que aconteceu e dispensou o jogador.

Edmundo voltaria pela quarta vez ao Vasco em 2003. Sem muito brilho, o jogador completou 200 jogos com a camisa cruzmaltina, mas saiu do clube no final do ano reclamando de atraso de salários e da qualidade do elenco.

Cinco anos se passaram até o Animal fazer sua passagem final na Colina. E mais uma vez, com papéis divididos entre herói e vilão. No início do ano, Edmundo perdeu um pênalti decisivo contra o Flamengo pelo Campeonato Carioca. A grande penalidade voltaria a ser o pesadelo do atacante na semifinal da Copa do Brasil, contra o Sport. Depois de marcar, aos 44m do segundo tempo, o gol que levou o duelo para os pênaltis, o atacante mandou sua cobrança por cima da barra e decretou a eliminação vascaína do torneio.

Apesar dos insucessos na marcação dos pênaltis, Edmundo não fraquejou quando o Vasco precisou dele em jogos decisivos no Campeonato Brasileiro deste ano. Contra o Goiás, o Animal teve excelente atuação e, contra o Santos, cobrou a penalidade que deu os três pontos ao time. Sem esses resultados a equipe não chegaria na última rodada com chances de fugir do rebaixamento.

O jogo contra o Vitória e o consequente rebaixamento foi o último ato de Edmundo com a camisa do Vasco. A última atuação de um jogador que conseguiu despertar todo o tipo de sentimentos na torcida cruzmaltina, mas que marcou para sempre seu nome na história do clube. Sem dúvida, um ídolo animal.

Fonte: GloboEsporte.com

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