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NETVASCO - 07/12/2008 - DOM - 04:26 - Filha de Renato Gaúcho diz que opina sobre escalação do Vasco

Atrás das lentes escuras dos óculos extravagantes de Renato Gaúcho reside um homem frágil e preocupado, que tem na filha Carolina Portaluppi, de 14 anos, o porto seguro nos momentos de ansiedade. Hoje, quando o time do Vasco terminar o aquecimento para subir as escadarias que ligam o vestiário ao gramado de São Januário, o celular da menina vai tocar.

– Dez minutos antes de começar o jogo, ele sempre me liga e se desespera. Fica angustiado, com medo, neurótico. Sempre manda eu rezar pra todos os santos. Pede para ir na igreja. Pergunta: "Carol, vai dar tudo certo hoje comigo?".

A possibilidade de rebaixar o Vasco no Brasileiro tem aumentado o sofrimento do pai, retratado nas declarações da menina. Nessas horas, ela paga o ônus de ser filha de um treinador marcado por altos e baixos no ano. Os contatos recentes nem de longe lembram os do fim de temporadas passadas. No lugar de planos para viagem de férias, conversas rápidas e secas. Ultimamente, só por telefone. E quase sempre num tom áspero.

– Ele anda nervoso, fica irritado com qualquer coisa. Às vezes a gente briga, depois ele pede desculpas. Explica que é por causa da situação do Vasco. Na hora dá raiva, fico triste, mas entendo – conta Carolina, filha do técnico com a jornalista Carla Cavalcante.

Filha dá palpite na escalação

A aflição de Renato alterou a rotina de pai e filha. Os dois se falavam, em média, três vezes por dia. Nos últimos dois meses, Carol custou a falar com Renato – ora às voltas com reuniões no clube, ora tentando se resguardar. Algumas ligações, mesmo com pedidos de retorno, foram ignoradas. Ele evita o contato temendo levar mais problemas para o seu dia-a-dia. Carol, no papel de filha conselheira, apóia.

– Eu o vi esta semana. Mas ficamos quase um mês sem nos ver. Ele está muito envolvido com esses jogos – diz.

Na quinta-feira, os dois almoçaram num restaurante de Ipanema, Zona Sul do Rio. Mataram saudade, trocaram carinhos e Renato reiterou o ritual religioso. No flat da Lagoa Rodrigo de Freitas, a sala é decorada com imagens de santos de sua devoção. Alguns são levados com a menina para a casa da mãe ou para o estádio. Apreensivo, o técnico pai-coruja intensifica a fé na hora do sufoco.

– Só que também fico nervosa e não posso demonstrar, pois tenho que acalmá-lo – conta.

Fora de época de crise, os dois são um grude. Depois que deixou o Fluminense, na última rodada do primeiro turno do Brasileiro, Renato afirmou que trabalharia somente em 2009. Nos planos estava curar o trauma da perda da Libertadores pelo tricolor e ficar ao lado da filha. Mas a convite de Roberto Dinamite, presidente do Vasco, o treinador aceitou o desafio de livrar o clube do rebaixamento. Apesar da pose de auto-suficiente, Renato, acredite, dá ouvidos à adolescente.

– Eu disse: "Faz o que o seu coração mandar. Pensa que vai ser uma situação difícil, mas que vai conseguir. Só não faça nada precipitado".

E assim Renato voltava ao Vasco pouco mais de um ano depois. Arrasta a filha para hotéis e viagens do clube. Vez por outra, ouve da menina dicas sobre escalação. Carol garante ter mudado a opinião do pai algumas vezes.

– Sempre opino (risos). Põe esse, o outro, tira aquele – diz ela, que se define como Renato Futebol Clube. – Meu time é o time do meu pai.




Fonte: Jornal do Brasil

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