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NETVASCO - 25/11/2008 - TER - 22:22 - Luso, sobre as camisas novas: 'Não era a hora disso'

O primeiro vice-presidente administrativo e vice-presidente de patrimônio do Vasco, Luso Soares da Costa, fala sobre os novos modelos do uniforme do Gigante da Colina, fabricados pela Champs. Após a grande rejeição junto aos vascaínos, o dirigente afirma que as novas camisas poderão ser utilizadas em algumas partidas, mas não substituirão as tradicionais.

"Eu fui pressionado por minha irmã. Ela estava revoltada, indignada (risos), com o sentimento de quem tem uma surpresa. Vendo tudo como foi apresentado, realmente ela tem razão, e muitos terão também. Eu quero dizer o seguinte. As camisas tradicionais, aquelas que eu visto e que a maioria veste - ou quem não veste de fato e veste por dentro -, não deixarão jamais de ser as nossas camisas: camisa branca de faixa preta, ou preta de faixa branca. O que houve foi o lançamento de mais duas camisas. O que pode acontecer é que no ano que vem tenha mais uma, duas ou três camisas. Isso é comum no Mundo inteiro e produz mais venda de camisa. Algumas caem até no gosto de crianças, jovens, ou até de alguns adultos. Pode ser que daqui a 100 anos até uma delas passe a ser a oficial. Isso é uma brincadeira, mas tudo bem. Mas são camisas oficiais sim, lançadas pelo Vasco. O lançamento não era assim. Foi tudo inoportuno. Não entendi. Fui colhido de surpresa. Fui a São Januário e havia esse clima de surpresa. Surpresa negativa, é verdade, pela forma como foi apresentado, sem esclarecimentos. Como o vice-presidente de marketing [José Henrique Coelho], que foi quem apresentou as camisas a nós, da diretoria, não estava - eles está em São Paulo, tratando de assuntos do Vasco -, nós entramos em contato. Ficamos sabendo que ele foi, vamos dizer assim, obrigado a colocar lá no site do Vasco, porque tinha vazado na Internet - alguém colocou. Ele não se sentiu bem de não comunicar, com alguém passando a notícia na frente. É inoportuno, é verdade. Provavelmente, ele também saberá que isso é inoportuno. Não era a hora disso, por todas as razões. Não só pelo momento do Vasco. O que nos interessa, o foco nosso não é a camisa. A camisa é algo importante, um lançamento, mas é para uma outra hora, não esta hora. Os líderes das torcidas todos estavam lá no Vasco. Como o Roberto não estava, eles vieram falar comigo. Eu disse a mesma coisa: 'Não se preocupem. Jamais, jamais as nossas camisas tradicionais serão arquivadas. Isso não existe. Foi o lançamento de novas camisas'. Tudo bem se uns gostam e outros não gostam. No próprio consenso da diretoria, uns gostaram mais e outros menos. A única coisa que ficou decidida é que as tradicionais jamais deixarão de fazer parte do nosso imaginário, do nosso sentimento ou da nossa vida, e jamais deixarão de ser usadas. Poderão ocasionalmente, como outros clubes... Como exemplo, o Fluminense lançou a laranja, o Flamengo lançou umas listras diferentes. Poderá acontecer em alguns jogos. Agora, a nossa tradição são aquelas duas camisas amadas. Não acontece nada diferente disso. Houve realmente, talvez por precipitação, por causa da notícia da Internet, um lançamento que está sendo programado pela própria empresa com um show, um desfile, um acontecimento de um lançamento de camisas. E vem uma notícia assim, parece até, não digo de propósito, um lançamento que atrapalha. Um lançamento não, uma notícia na Internet que atrapalha o lançamento. E a forma como foi apresentado, ainda prejudicando a própria vida do Vasco: esse ar de revolta. Mas eu acho que o ar de revolta acaba virando um ato de amor, acima de tudo. E que não vire nenhuma rejeição a nenhuma das camisas. Eu particularmente gosto de mais de uma, outros de outra. Tudo bem. Se serão usadas ou não, a sociedade vascaína vai decidir o que é elegante, bonito. O Vasco não se trata de questões fashion. O Vasco tem que ser um clube da moda, mas a tradição, a clássica camisa, ela, acima de tudo, é a própria imagem do Vasco hoje que está ligada. Imagina-se o Vasco em campo, imagina-se sempre aquela camisa. Aquele nosso imaginário. Brincando hoje, disse um grande amigo nosso, torcedor: 'Caramba, com uma camisa diferente, acho que o adversário até respeita menos o Vasco'. Isso é uma maneira brincalhona. Mas é um sentimento da massa vascaíno. Acho que é isso que tem que acontecer. Acima de tudo, a nossa camisa, a nossa faixa é o nosso coração, a cruz-de-malta. Isso jamais deixará de sair da camisa. Quanto à oportunidade, realmente não era essa. E muito menos vamos mudar... A partir daí, o Roberto já desmentiu também, porque eu sei que ele falou em outras emissoras. Ninguém está abandonando camisa de tradição alguma. Não há a menor hipótese", disse no programa "Só dá Vasco", veiculado na Rádio Bandeirantes.

Segundo o Lancenet, Coelho afirmou 'O Vasco é fashion'. Nenhuma entrevista sobre o assunto foi reproduzida pelas principais emissoras de rádio do Rio de Janeiro, tampouco com o presidente Roberto Dinamite.

"Nós estamos, ao contrário, procurando fazer um resgaste de tradições e ídolos que foram abandonados, marcando a história do Vasco. Vamos preparar painéis. Já estamos tratando isso. As paredes do Vasco serão decoradas, dentro de algum tempo, com grandes lances e retrato de ídolos, que não foram ídolos da geração de agora, mas não podem ser esquecidos: Barbosa, Bellini, Ademir, outros mais recentes. Todos serão lembrados por grandes momentos na história do Vasco e da camisa do Vasco. Isso vou contar. Nós estamos resgatando tradições de grandes nomes do Vasco - presidentes, políticos, pessoas que honraram e fizeram questão de sempre se declarar vascaínos. Isso tem que ser lembrado. O Vasco tem que ter amor à tradição, não só da camisa, como dos nomes e do seu passado. Deixar bem claro isso".

Luso concorda que a notícia publicada no site oficial ajudou a causar confusão, por dar a entender que as camisas tradicionais seriam substituídas pelas novas.

"Com certeza. Eu já li. Eu estive lendo. Depois disso, quando cheguei em São Januário, pedi a cópia do site e vi que realmente dá a entender claramente isso. É claro. Não tem nem 'Não, foi má interpretação'. Não. Está infeliz. A colocação no site oficial não foi feliz. Não foi".

O dirigente desconfiou da veracidade de duas fotos com um torcedor vestindo as novas camisas, publicadas no site de relacionamentos Orkut.

"Eu não sei. Não terá sido uma montagem? Porque essa camisa não foi fabricada".

Luso diz que a Copa Mercosul de 2000 tem que servir de inspiração para os jogadores do Vasco, que lutam contra o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

"Tem que ser falado sempre. Esse é um dos grandes momentos do esporte no Mundo. É até intenção - pelo menos eu estava falando sobre isso - como estímulo à essa equipe. Afinal, perdemos o jogo, mas o time lutou. Somos ainda... Ainda temos esperança. É claro que temos esperança. Não é tão complicado quanto parece, embora agora já não estamos mais independentes, porque precisamos de outros resultados. Mas são resultados plausíveis. Dentro do estímulo, vamos lembrar sempre a esses jogadores o que aconteceu naquele dia do 4 a 3. O famoso jogo vai ser passado de novo, para eles lembrarem da capacidade de reação que eles também tiveram, afinal tiveram umas semanas desastrosas e depois partiram para um jogo tão emocionante e brilhante, como foi contra o Goiás. A mesma coisa pode acontecer agora. Inclusive contra o São Paulo, se tivesse tido um pouquinho mais de sorte, poderia ter acontecido um resultado diferente. O time lutou. Algumas atuações não tão felizes, mas o time lutou muito e não mereceu nem perder. Acho que o empate seria mais justo. Mas agora, se ganharmos os dois jogos... Nada é complicado. Dois jogos são dois jogos. O Vasco ganhou quatro jogos seguidos. Os dois clubes em risco, que o Vasco precisa que percam, têm inclusive um jogo entre si. Muita coisa pode acontecer. Nós vamos agora partir para o entusiamo e não perder o foco. Essa questão de camisas foi absolutamente foi inoportuno. Não é hora de se falar nisso. Principalmente lançado da forma errada. É verdade. Houve talvez a pressa, porque o setor tomou conhecimento de que a Internet tinha colocado a notícia, então se apressou em abrir a notícia. A forma não foi a ideal. Mas são coisas que acontecem. O principal é saber que as nossas camisas tradicionais, de forma alguma, deixarão de ser intocáveis".

O dirigente comenta a supressão de duas estrelas nas novas camisas - a dos campeonatos invictos de Terra e Mar em 1945, e outra que representaria o Sul-Americano de Clubes Campeões de 1948 ou a Mercosul.

"De repente, imagine que conseguimos 20 títulos fantásticos. Teremos 20 estrelas também? Vamos substituir a camisa por estrela. Isso é uma outra aberração, de certa forma até uma reação quase que pequena. Mais um título, de repente uma plaquinha para o jogador, uma estátua, uma estrela. Isso tem que ser de uma forma que não fira o equilíbrio e a estética da camisa. É uma camisa bonita e gloriosa. Mas vamos lá. Vamos para a frente, porque isso foi um fato. Passou. Estamos acima disso".

"Só quero dizer que, além dos protestos da minha irmã, severíssimos, a minha filha acabou de telefonar 'Quer dizer que eu vou jogar a minha camisa fora?'. Não tem nada disso. Foi a camisa que eu dei para ela - camisa branca com lista preta. De forma alguma".

Luso espera um 2009 completamente diferente.

"Principalmente os projetos para 2009, porque 2008 foi um ano muito conturbado, pela própria eleição, a forma como entramos, o que encontramos. Estamos sofrendo. Agora, projetos para 2009, bastante concretos, maravilhosos. Não só com os projetos da Lei de Incentivo, que estamos em Brasília, como também um grande projeto... um grande patrocínio para o futebol. Outras conquistas que vamos ter a oportunidade de falar. Estamos construindo um futuro. O momento agora é um momento complicado, não tenha dúvida. Mas vamos superar tudo".

Fonte: VascoExpresso

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