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Ricardo Rocha elogia Dedé: 'Eu gosto porque ele joga sério, joga simples'


Quarta-feira, 24/08/2011 - 14:06

Nos anos 90, o Vasco teve um zagueiro que foi uma verdadeira unanimidade. Seu nome: Ricardo Rocha. Integrante do grupo que conquistou o tetracampeonato mundial nos Estados Unidos, em 1994, a crítica o apontava como um dos maiores do mundo na posição. Titular daquela Copa até se machucar contra a Rússia, na estreia, é até hoje uma autoridade quando o assunto é defesa. Dezessete anos depois, o clube pode ter um sucessor para Rocha. Dedé, segundo o ex-jogador, é o melhor zagueiro do Brasil.

Convocado para a seleção brasileira de Mano Menezes duas vezes, Dedé, eleito o melhor da posição no Campeonato Brasileiro e no Campeonato Carioca, tem apenas 23 anos e muito futebol pela frente. Admirador do camisa 26 de São Januário, Ricardo Rocha destaca as qualidades do defensor. Em breve resumo, o chama de “completo”.

“Eu gosto porque ele joga sério, joga simples. É alto, tem velocidade, tem impulsão, vai lá na frente e faz gol. Ali atrás, quanto mais simples melhor”, comenta o ex-zagueiro, tricampeão estadual pelo Vasco em 92/93/94. “Dedé tem um estilo próprio, não inventa. Me lembra o Thiago Silva (Milan), que é outro que faz o simples. Thiago é tão discreto que já rouba a bola fazendo o contra-ataque. Ele é mais técnico, o Dedé é mais força. Mas encantam pela simplicidade”, completa Ricardo Rocha.

O ex-jogador bate na tecla da simplicidade baseando-se na eficiência do zagueiro vascaíno. Dedé é hoje, na opinião de Rocha, o melhor zagueiro em atividade no futebol brasileiro. Aliás, o sistema defensivo do Vasco é o que mais o agrada atualmente. O companheiro de zaga Anderson Martins é outro que ganha elogios. O casamento da dupla, analisa o ex-zagueiro, foi perfeito.

“O Anderson também é muito bom. Houve um casamento ali entre eles e coisa funcionou bem. É hoje a melhor defesa dos clubes do Brasil”, disse Rocha, pedindo, no entanto, um pouco de paciência com Dedé, uma vez que o jogador tem apenas 23 anos.

“Mas vamos deixar o menino trabalhar em paz. Ele batalhou, deu um duro danado para estar aqui e não deve ter muita cobrança. Terá muitos anos pela frente devemos deixar ele jogar sem pressão. A gente não sabe o que pode acontecer numa situação adversa”, frisou Rocha.

Fonte: IG