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Beach Soccer: Brasil de Jorginho conquista o penta das Eliminatórias


Domingo, 07/08/2011 - 17:18

A caminhada rumo ao penta mundial começou com o pentacampeonato das Eliminatórias Conmebol (11/09/08/06/05). Em sua partida oficial de número 400, o Brasil venceu a Argentina por 6 a 2 (gols de André, Benjamin, Anderson, Sidney, Buru e Dallera (contra), para os brasileiros, De Ezeyza (2), para os argentinos), na decisão da edição 2011 do Qualifier da América do Sul, clássico disputado há pouco, na tarde deste domingo, dia 7, na Arena Copacabana. Na disputa do terceiro lugar, valendo a inédita vaga para a Copa do Mundo FIFA de Beach Soccer 2011 (1 a 11 de setembro, em Ravenna), a Venezuela derrotou a Colômbia por 5 a 2 e também carimbou o passaporte para a Itália. Bruno Malias foi eleito o ‘Melhor Jogador’ do campeonato e levou ainda o troféu de ‘Artilheiro’ (12 gols), enquanto Mão foi escolhido o ‘Melhor Goleiro’. Brasil, Argentina e Venezuela de juntam a outros 13 países que já haviam conquistado vagas na Copa do Mundo FIFA de Beach Soccer 2011. São eles: Itália (país-sede), Rússia, Ucrânia, Suíça, Portugal, México, El Salvador, Taiti, Omã, Japão, Irã, Nigéria e Senegal. Em Ravenna, o Brasil luta pelo pentacampeonato nas areias. Com a conquista, o Brasil garantiu a condição de cabeça-de-chave do Grupo D do Mundial e vai enfrentar Japão, México e Ucrânia na fase de classificação.

- Tudo o que eu faço é pela minha família, minha mulher Aline, meu filho, Arthur. Quando estou em quadra, a minha família são esses jogadores e me dedico ao máximo por eles. Todos os gols são para eles – afirmou Bruno Malias.

- Foi um chute maravilhoso, né? – brincou André, que marcou o gol que abriu o caminho da vitória. – A torcida gritou, mas confesso que nem prestei muita atenção, estava concentrado para que a bola fosse no gol. É muito bom estar nesse grupo vitorioso há tanto tempo - completou ele, que foi o vice-artilheiro do torneio com 10 gols.

A Argentina entrou em quadra disposta a contrariar um retrospecto que dava amplo favoritismo ao Brasil. Diante de excelente público, a Seleção Brasileira levava para o confronto um histórico de 48 partidas e apenas uma derrota, além da invencibilidade de 26 jogos em Eliminatórias Conmebol. E logo aos 35 segundos, os hermanos viram que a tarefa não seria das mais fáceis. André arriscou e Mendoza fez grande defesa, mandando para córner. A Argentina ainda perdeu Franceschini, machucado no tornozelo esquerdo. Dallera evitou o primeiro gol brasileiro cortando com o braço o chute que veio na cobrança de falta de Buru, que a arbitragem não viu. O Brasil dominava, mas esbarrava na marcação dura dos rivais. Mendoza assustou Mão com um belo chute que explodiu no travessão, mas foi só isso, a Argentina não ameaçava a meta do camisa 1. Benjamin quase marcou, Dallera derrubou Anderson na área e o juiz não marcou o pênalti, o montinho tirou o gol de Bruno Malias, o gol parecia ser questão de tempo, mas o zero não saía do placar. Antes do fim do primeiro período, a Seleção Brasileira ainda perdeu Daniel, que teve uma luxação no pé direito e teve que deixar a quadra de maca.

Com a equipe bastante modificada, o Brasil voltou para o segundo período disposto a pressionar a Argentina. Buru obrigou Mendoza a fazer excelente defesa logo aos 2’54″. A Argentina pouco incomodava Mão, o Brasil adiantou a marcação para tentar pressionar a saída de bola dos adversários e foi numa falta sofrida por André que o gol saiu. O camisa 9 chutou forte, sem chances, para levantar as arquibancadas: 1 a 0, aos 8’06″. Antes do fim da etapa, o mesmo André avançou pela direita e cruzou, Dallera tentou cortar e jogou no fundo das redes: 2 a 0, aos 11’05″.

Veio a etapa final e o jogo ficou aberto. Numa jogada ensaiada de lateral, De Ezeyza recebeu no meio da zaga do Brasil e encheu o pé numa bonita bicicleta: 2 a 1, aos 3’07″. Na comemoração, o argentinou provocou a torcida. E a provocação teve resposta com bola no pé. Menos de um minuto depois, Buru disparou pela esquerda e bateu, de canhota, para dentro da área. Sidney só completou: 3 a 1, aos 3’52″. Pouco depois, Buru repetiu a jogada pelo lado esquerdo e foi derrubado dentro da área. Pênalti que o camisa 11 cobrou com categoria: 4 a 1, aos 4’59″. Com a boa vantagem no marcador, o Brasil passou a jogar com a bola no alto, embalado pelo ‘olé’ cantado pelos torcedores. Só que a Argentina não queria saber de festa. De Ezeyza aproveitou a bobeada da defesa brasileira para diminuir: 4 a 2, aos 8’13″. Benjamin acertou um belo chute para marcar o quinto aos 10’26″ e Anderson, a 36 segundos do fim, fechou o placar: 6 a 2 e festa em verde e amarelo nas areias de Copacabana.

- Essa classificação para a Copa do Mundo é a realização de um sonho – frisou Jorginho, que está de volta à Seleção Brasileira depois de cinco anos. – Me esforcei para voltar, conversei com o pessoal da Confederação, da comissão técnica e com o título do Mundial de Clubes mostrei que estava em condições de estar nesse grupo. É um momento muito especial, estar de volta neste grupo que é da minha geração, um time que alia espetáculo à competitividade – completou ele, octocampeão do Campeonato Mundial, mas que ainda não tem um título de Copa do Mundo FIFA.




LESÃO DE DANIEL

Daniel passou por uma ressonância magnética e não foi constatada fratura no pé direito. O defensor teve uma luxação do dedão, o que provocou um corte na região, e foi levado para o hospital, onde teve o local suturado. Segundo o Dr. Luís Fortunato, médico da Seleção Brasileira, o prazo para retorno é de três semanas, mas só será possível fazer uma avaliação melhor na próxima semana, com a redução do inchaço da lesão.

Fonte: CBBS (texto, foto), GloboEsporte.com (vídeo)