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Rodrigo Caetano analisa movimentação da janela em 2011


Quinta-feira, 21/07/2011 - 12:43

Já foi a época em que clubes do mundo inteiro levavam jogadores do futebol brasileiro em abundância no período entre suas temporadas. Com um forte aquecimento do mercado, os clubes nacionais têm conseguido inverter este quadro. Prova disso são os números das negociações na chamada janela de transferências para o exterior deste ano: 35 chegaram e só 14 saíram. De exportador oficial, o país se firma como um importador de destaque também, em um curto intervalo de tempo.

Os argumentos para a inversão de papel são muitos: vão de salários equivalentes à proximidade de uma Copa do Mundo em solo canarinho. Além de Ronaldo, Adriano, Ronaldinho Gaúcho e outros craques, em momentos distintos, nomes relevantes como Luís Fabiano, Juninho Pernambucano, Ibson e até de estrangeiros pretendidos por europeus desfilarão pelos gramados daqui ao menos até o fim do Brasileirão.

O argentino Conca foi o único principal destaque de um time - o Fluminense - a sair por conta de uma oferta irrecusável. E o destino foi o futebol chinês.

Às vezes no mesmo ano, selecionáveis como Pato, Ramires, Lucas Leiva e Renato Augusto saíram do Brasil sem pensar duas vezes. Hoje em dia, Neymar, Ganso, Damião, entre outros, já balançam

- Sem dúvida, a China é o motor hoje em dia. Ela vai fazer o que quiser fazer. Nos outros casos, o melhor a falar é que a situação aqui está mais confortável do que em muitos mercados - apontou o economista Ricardo Franco Teixeira.

Principalmente a partir do início do século, as reclamações de dirigentes não paravam. O pedido era que a CBF se alinhasse com o calendário europeu para evitar desmanches. Isso não precisou acontecer para que a poeira baixasse consideravelmente.

- As saídas para a Europa diminuíram, isso é um bom traço. Até porque é uma receita significativa. O repatriamento se dá em função do aumento dos salários pagos no Brasil. Aqui, o jogador já consegue ganhar o que se ganha lá fora - opinou Paulo Angioni, diretor de futebol do Bahia, que, por sua vez, apostou em nomes de peso domésticos.

Executivo de futebol do Vasco, Rodrigo Caetano também tem sua versão para o fenômeno.

- O futebol brasileiro recuperou muito da credibilidade, sesse potencial de investimento, devido à nossa economia geral. Claro que a situação de termos a Copa do Mundo de 2014 aqui é um atrativo a mais para fazer com que o processo, hoje, seja contrário. Não há aquela imigração que estávamos acostumados - colocou o cartola.

Até mesmo jogadores com boa entrada lá fora retornaram. Alguns exemplos: Alex, que trocou o Spartak Moscou-RUS pelo Corinthians, Henrique, que saiu do Racing Santander para vir para o Palmeiras, e André, que preferiu o Atlético-MG a se aventurar por outro clube do Velho Continente, já que não se adaptou ao Dínamo de Kiev-UCR.

Fonte: Sportv.com